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Sem previsão de sabatina, indicação de Mendonça ao STF completa 100 dias

André Mendonça apoio oposição
André Mendonça vive uma situação complexa; – Foto;; Reprodução

Nesta quinta (21), completam-se cem dias que Jair Bolsonaro indicou André Mendonça para o STF. O ex-AGU segue sem previsão de ser sabatinado e enfrenta um tempo recorde de espera, em comparação à atual composição do Supremo.

Presidente da CCJ, o senador Davi Alcolumbre tem se recusado a marcar a sabatina de Mendonça. Segundo a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, Mendonça tem dito a pessoas próximas que “perdoa” o comportamento do congressista. A mensagem seria um aceno de que, caso Davi perceba que não conseguirá impedir a candidatura de Mendonça à Suprema Corte, o indicado por Bolsonaro não irá retaliar o senado como ministro do STF.

A espera de Mendonça é muito maior do que enfrentaram os dez atuais ministros da corte.  Rosa Weber foi quem mais aguardou para ser aprovada pelo Senado, em 2011, no governo Dilma Rousseff: 35 dias. Os ministros Luiz Fux, na gestão Dilma, e Ricardo Lewandowski, na gestão Lula, levaram apenas uma semana entre a indicação do Planalto e a anuência do Senado.

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Substituo de Mendonça

O nome mais cotado, no caso de Mendonça não vingar, é o do atual presidente do STJ, Humberto Martins, que se diz “terrivelmente pecador”.

A frase é em referência a promessa de Bolsonaro a líderes evangélicos, durante a campanha de 2018, de indicar um ministro “terrivelmente evangélico” para o STF. Assim como André Mendonça, Humberto Martins é evangélico.

“Eu sou evangélico, mas com certeza eu sou terrivelmente pecador, porque eu olho para a cruz e peço a Deus que perdoe meus pecados. No momento em que eu digo que sou terrivelmente evangélico, se eu fosse realmente terrivelmente, eu não seria terrivelmente evangélico, eu seria fervorosamente evangélico, porque o evangélico é maravilhoso”, disse Humberto Martins à jornalistas nesta quarta-feira (20), após participar de um evento com Bolsonaro, no Palácio do Planalto.