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Sargento da Marinha que matou vizinho negro tem prisão mantida pela Justiça

Sargento da Marinha que matou vizinho negro tem prisão mantida pela Justiça
Durval Teófilo foi morto por militar ao entrar na sua própria casa em condomínio em São Gonçalo. Foto: Reprodução

Aurélio Alves Bezerra, sargento da Marinha que matou vizinho negro com três tiros ao confundi-lo com um assaltante, teve prisão preventiva mantida durante audiência de custódia realizada na tarde desta sexta-feira (04).

Na decisão, a juíza Ariadne Villella Lopes, mudou de homicídio culposo para doloso. A magistrada atendeu ao pedido da promotora Paula da Fonseca Passos Bittencourt que pediu que houvesse a mudança na capitulação do crime. A família da vítima acredita que ele foi assassinado porque o autor dos disparos era racista.

O Ministério Público requereu ainda a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. A magistrada também atendeu o pleito da promotora neste sentido. Segundo a juíza da Central de Custódia Ariadne Vilella, em sua decisão, há riscos de constrangimento de testemunhas, uma vez que a vítima e o autor dos disparos, flagrados pelas câmeras do condomínio, moravam no mesmo local. Com informações do Extra.

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Sargento da Marinha e o “periculum libertatis”

A magistrada explica em sua sentenção: “O ‘periculum libertatis’, igualmente, encontra-se presente, considerando-se as circunstâncias em que supostamente foi praticada a conduta imputada ao custodiado, de forma que se mostra necessária a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva para a garantia da ordem pública e para a conveniência da instrução criminal”.

E prossegue: “Nesse sentido, tem-se a necessidade de garantir a livre manifestação das eventuais testemunhas a serem arroladas no processo criminal, que poderão ser moradoras do condomínio em que reside o custodiado”.

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