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Senadores brigam por controle de R$ 140 bilhões: “Sou o líder”

O senador Lasier Martins (Podemos-RS). Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
O senador Lasier Martins (Podemos-RS). Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador Lasier Martins (Podemos-RS), que é o líder de um bloco parlamentar no Senado com Podemos, PSDB e PSL, rebateu o senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Ele disse, ao site O Antagonista, que a presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senadora Rose de Freitas (MDB-ES), “precisa restabelecer a legalidade”.

De acordo com ele, a indicação do bolsonarista Wellington Fagundes (PL-MT) para a relatoria do orçamento de 2022 é uma “usurpação de cargo”.

A disputa é sobre o controle da destinação de quase R$ 140 bilhões no orçamento do ano que vem. A quantia equivale a quatro vezes o valor do orçamento secreto.

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Segundo o site O Antagonista, a senadora Rose de Freitas atropelou o regimento e uma norma que rege o funcionamento do colegiado para emplacar o bolsonarista Wellington Fagundes na relatoria setorial de educação, responsável pela análise de cerca de 680 emendas.

Pelo regimento do Senado, Fagundes não poderia ocupar a função, já que um outro parlamentar do mesmo partido, o deputado Zé Vitor (PL-MG), o antecedeu.

“A Rose não pode permitir essa usurpação de cargo. Espero que a senadora restabeleça a legalidade, ela precisa restabelecer a legalidade”, disse Lasier Martins.

Rose foi alertada do erro formal, mas acabou aceitando a indicação de Fagundes, feita em ofício assinado por Izalci Lucas (PSDB-DF), se dizendo líder do bloco parlamentar que reúne Podemos, PSDB e PSL. No entanto, o líder do bloco é Lasier Martins.

“Sou eu o líder do bloco, não o Izalci. Ou eu estou no Senado ou estou ao telefone. Nunca ninguém me ligou para tratar desse assunto”, afirmou o senador gaúcho.

O próprio Izalci já admitiu que, pelo regimento, Fagundes não pode ser o relator de educação. Mesmo assim, tentou justificar argumentando que “a CMO só funciona por acordo”.

“O acordo deles não tem valor, porque o regimento e a norma que rege a comissão são superiores a qualquer acordo: não pode o mesmo partido ocupar a mesma função no ano subsequente”, rebateu Lasier.

Com informações do site O Antagonista

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