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Talibã pede que mulheres se juntem ao governo e tenta se afastar de imagem ultraconservadora

Homens do Taleban, armados em cima de caminhonete no Afeganistão
Membros do Talibã na província de Laghman, Afeganistão, em 15 de agosto de 2021 — Foto: AFP

Nesta terça-feira (17), o Talibã, que voltou ao poder no Afeganistão, anunciou uma anistia geral em todo o país e, de maneira inesperada – tendo em vista o histórico do grupo – pediu que as mulheres se juntem ao governo.

Aparentemente, o Talibã busca se afastar da imagem ultraconservadora de quando governou o Afeganistão, entre 1996 e 2001, período que representou uma enorme perda de direitos das mulheres, proibidas de trabalhar ou estudar. A volta do grupo ao poder já gerou protestos nesse sentido, conforme noticiou o DCM.

Os extremistas tentam acalmar os ânimos da população após os chocantes acontecimentos na capital, Cabul, onde no aeroporto pessoas desesperadas tentaram se agarrar aos aviões para deixar o país. Algumas morreram ao cair depois da decolagem.

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Talibã

O Talibã pediu que as pessoas retornem às suas vidas normais com “total confiança”. Um membro da comissão cultural do grupo disse à rede de notícias Tolo News que o novo governo quer que as mulheres participem da estrutura do governo e não mais que sejam vítimas. Não deram detalhes, no entanto, de como a lei islâmica sharia será interpretada nesse caso.

Os cidadãos afegãos começaram a retornar nesta terça-feira à vida normal. Alguns comércios reabriram e as pessoas voltaram às ruas de Cabul. O Talibã domina todos os postos de controle, que costumavam ser do exército e da polícia, sendo possível ver membros do grupo por todo o país.

Com informações da Veja