O presidente argentino Alberto Fernández, nessa quarta-feira (9), tentando demonstrar-se amigo da Espanha, falou uma frase racista sobre a origem de mexicanos, argentinos e brasileiros.
Como convém aos homens públicos civilizados, após a repercussão negativa, pediu desculpas em seu perfil oficial de Twitter. Veja abaixo:
A nadie quise ofender, de todas formas, quien se haya sentido ofendido o invisibilizado, desde ya mis disculpas.
— Alberto Fernández (@alferdez) June 9, 2021
É declaração pegou mal por aqui, naturalmente. Os argentinos são os “inimigos” preferênciais dos brasileiros no continente, principalmente por conta de questões futebolísticas.
O que não pode e nem deve ser considerado natural é que um órgão de imprensa que se gaba de ter insculpido dentre seus princípios editoriais a “promoção dos valores do conhecimento, da solução pacífica dos conflitos, da livre-iniciativa, da equalização de oportunidades, da democracia representativa, dos direitos humanos e da evolução dos costumes” estimular o linchamento de alguém por seus leitores.
A Folha de S.Paulo fez isso.
O mesmo jornal que recusou-se a chamar Bolsonaro de candidato de extrema-direita em 2018, chamou o regime militar brasileiro de ditabranda, que denomina Nicolás Maduro como ditador mas chama Alberto Fujimori de ‘autocrata’, pediu a seus leitores que respondam ao presidente argentino.
Ao perguntar “Que resposta você daria a Fernández?”, certamente o jornal não espera a condescendência ou a empatia dos seus leitores com o argentino. Fariam o mesmo se fosse com Macri, aliado das pautas econômicas do jornal? O convite à pancadaria estava exposto na capa da home page do jornal na noite dessa quarta-feira (9).
Veja um pouco do chorume de lá: