Lula e Alckmin podem ser “frente ampla que faltou em 2018”, diz colunista do Globo

Atualizado em 5 de dezembro de 2021 às 8:02
Veja Alckmin e Lula
Geraldo Alckmin e Lula. (Foto: Ana Nascimento/Agência Brasil)

O colunista do Globo, Bernardo Mello Franco, enxerga com bons olhos a possível chapa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (de saída do PSDB). Classificou os dois juntos como “frente ampla”.

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O que diz o colunista do Globo sobre Lula e Alckmin?

Ele escreve:

“A dobradinha de Lula e Geraldo Alckmin saiu do mundo da imaginação e entrou no campo da probabilidade. A ideia parece ter empolgado os velhos rivais, que voltaram a se encontrar em segredo na sexta-feira. Se vingar, a chapa pode definir a eleição de 2022.

Apesar de liderar as pesquisas, o petista enfrentava dificuldades para ampliar o palanque em direção ao centro. Só contava com aliados à esquerda: PCdoB, PSB e PSOL, que pela primeira vez não deve lançar candidato. Para chegar ao Planalto em 2002, Lula cedeu a vice ao PL de José Alencar. Agora o empresário está morto e o partido foi alugado a Jair Bolsonaro.

Uma aliança com Alckmin não atrairia novas siglas, já que ele está de saída do PSDB e deve se filiar ao PSB. O objetivo é outro: quebrar resistências em setores que se desiludiram com Bolsonaro, mas temem a volta do PT. O tucano é um político conservador e afável à elite econômica. Sua adesão complicaria a vida de quem insiste em descrever Lula como um radical”.

E conclui:

“Os defensores da chapa argumentam que a disputa de 2022 não será apenas mais uma eleição. O resultado pode definir o futuro da democracia brasileira, sob ataque da extrema direita no poder. Reeleito, Bolsonaro ganharia novo fôlego para avançar com seu projeto autoritário. Ele voltou a deixar isso claro na última terça, ao comemorar a filiação ao PL com ameaças veladas ao Supremo Tribunal Federal.

No segundo turno de 2018, o PT tentou atrair a centro-direita para impedir a vitória do capitão. Os tucanos torpedearam o acordo, com as consequências conhecidas. Quatro anos depois, Lula e Alckmin podem tirar a frente ampla do papel”.

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