
Rodrigo Maia usou seu perfil do Twitter para cobrar o ministro da Economia, Paulo Guedes. O ex-presidente da Câmara afirmou que o bolsonarista está operando a favor do mercado. “Cadê a CVM? Onde está a CVM?”, indagou o aliado de João Doria.
Maia colocou um link da reportagem do Estadão com o título: “Guedes defende privatização da Petrobras. E diz que estatal não valerá mais nada em 30 anos”. O ministro voltou a sinalizar apoio a privatização da estatal. Ele diz que é uma forma de extrair mais rápido o petróleo de gás natural.
“O presidente Bolsonaro falou que estudaria o que ia fazer com a Petrobras. Afinal de contas, se estamos com crise hídrica e tivemos escândalo de corrupção, são 30 a 40 anos de monopólio no setor elétrico e no setor de petróleo. E, se daqui a 10 ou 20 anos, o mundo inteiro migra para hidrogênio e energia nuclear, abandonando o combustível fóssil. A Petrobras vai valer zero daqui a 30 anos. E deixamos o petróleo lá embaixo com uma placa de monopólio estatal em cima”, declarou Guedes.
“Tem que sair mais rápido. Não adianta ficar uma placa dizendo que é estatal e o petróleo não sai do chão. E quando sai, sai com corrupção. Se houve a maior roubalheira da história no ‘Petrolão’ e agora o preço do petróleo só sobe, o que o povo brasileiro ganha com isso?”, questionou.
Confira o tuíte:
Alguma dúvida de que o Paulo Guedes está operando o mercado? Onde está a CVM??? https://t.co/3bvpoM301v
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) October 25, 2021
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Maia e a “orgia” fiscal
Maia afirmou que a ‘orgia fiscal’ do atual governo deixa o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vulnerável. Ele se refere à tentativa de furar o teto de gastos. Isto porque a medida vai causar inflação e aumento de juros. Anulando qualquer efeito político da elevação do Bolsa Família.
“A aliança do [Paulo] Guedes com o Arthur Lira [presidente da Câmara] está copiando a mesma equação da Dilma [Rousseff] em 2014. É uma orgia fiscal. Quando fizemos o auxílio emergencial em 2020, com valor muito alto, e com o governo ampliando para mais gente do que em tese seria necessário, tínhamos inflação de 1%, 2%, 3%. Estamos agora com 10%”, afirmou Maia.
“Se você amplia o cenário de desorganização fiscal, está dizendo que vamos perder o controle da inflação. Quem vai pagar essa conta é o próprio beneficiário do Bolsa Família. O câmbio desvaloriza mais, o botijão de gás fica mais caro, o diesel, o alimento. Está dando com uma mão e tirando com a outra”, completou ele.