Mamãe Falei já teve outros casos com o Delegado Olim no Conselho de Ética

Atualizado em 11 de março de 2022 às 11:39
Mamãe Falei
Delegado Olim já relatou outros casos contra colega no Conselho de Ética/ Foto: Reprodução

O escolhido para relatar os pedidos de cassação de Arthur do Val (sem partido), o Mamãe Falei, no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), foi o deputado estadual Delegado Olim (PP). Contudo, essa não será a primeira vez que Olim relata um processo envolvendo o colega.

Em outubro de 2019, foi aberta uma representação por quebra de decoro parlamentar contra Arthur Do Val, na qual o relator também foi Olim. O pedido foi feito pelo deputado Teonílio Barba (PT), líder do partido na Alesp na ocasião. Na época, o petista acusou Mamãe Falei de ter se referido a colegas parlamentares da Assembleia como vagabundos no plenário da Casa. O maior alvo dos insultos foi o deputado Campos Machado (Avante), que agora encampa a pressão para que Do Val renuncie ao mandato de deputado estadual.

Como relator daquele processo, Olim votou pelo arquivamento da denúncia contra Arthur do Val. “No caso vertente, apesar de sequer ter sido judicializada a questão, houve cabal e quase imediata retratação no próprio discurso do Denunciado, o que em tese, já seria suficiente para afastar eventual cometimento de ilícito contra a honra que poderia remotamente configurar o núcleo de uma acusação mais robusta no que tange a falta de decoro do denunciado”, escreveu o Delegado em seu relatório.

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Mamãe Falei sem saída

Nesta quinta-feira (10), o Delegado disse ao g1 que “ninguém vai passar a mão na cabeça” de Do Val. Para ele, a sociedade cobra uma “medida rápida e dura” da situação.

Sobre os áudios de Mamãe Falei, chamando mulheres ucranianas de “fáceis pois são pobres”, Olim as chamou de “chocantes”. O deputado diz que Do Val terá direito à sua defesa e que a preocupação do conselho de Ética é evitar judicializações do caso. Por isso, vai garantir todo o processo e tramitação regular no conselho.

Deputados relatam que Arthur tem procurado parlamentares pedindo ajuda para não ser perder o mandato. Se for cassado, ele fica inelegível por oito anos.

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