Imprensa russa define ativista do MBL como “maníaco sexual de Kiev”. Por Jeferson Miola

Atualizado em 8 de março de 2022 às 22:44
Imprensa russa define ativista do MBL como “maníaco sexual de Kiev”. Arthur do Val usa máscara e tem olhar assustado.
Imprensa internacional repercurte declarações sexistas de Mamãe Falei. Footo: Fábio Vieira / Metrópoles

Em reportagem sobre a viagem do deputado estadual/SP e ativista do MBL Arthur do Val à Ucrânia, o site político russo PolitExpert definiu o aliado e ex-correligionário de Sérgio Moro como “maníaco sexual de Kiev”. O título da reportagem diz que “‘Maníaco sexual de Kiev’ do Brasil encontrou pessoas com ideias semelhantes nas fileiras das Forças Armadas da Ucrânia” [aqui].

A matéria registra que “Mamãe Falei”, como Arthur é conhecido, “ajudou as Forças Armadas da Ucrânia a preparar coquetéis molotov”.

O texto afirma que “o representante da ‘nova direita’ [brasileira] publicou uma série de posts expressando simpatia pelos militares ucranianos e antipatia pela operação especial russa”, e destacou a postagem dele no Instagram, na qual diz que “Nunca pensei que um dia estaria preparando coquetéis molotov para o exército ucraniano”.

A matéria destaca, porém, que “a gravação de áudio que apareceu na rede revelou os verdadeiros motivos de seu ‘apoio’: a satisfação de fantasias sexuais envolvendo mulheres ucranianas”.

O site cita, com aparente estranhamento, que o candidato “Sergio Moro avaliou as palavras do deputado como uma manifestação de misoginia, mas se absteve de avaliar as ações do blogueiro na Ucrânia”.

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Apoiado pelo MBL, Arthur do Val ganhou notoriedade nos protestos de 2013

Arthur do Val, como outros ativistas do MBL, ganhou notoriedade a partir das manifestações de 2013 em diante financiadas desde o estrangeiro para desestabilizar e derrubar o governo Dilma. Na sua trajetória, ele coleciona várias polêmicas e escândalos.

advogada Tânia Mandarino recorda que em 2016 Arthur foi processado por molestar e assediar estudantes secundaristas de uma escola pública estadual de Curitiba/PR. “Vocês são todas gostosas, se me acharem bonito é só chegar; posso beijar todas as meninas”, dizia ele às adolescentes.

No mesmo ano de 2016, Arthur desembarcou em Porto Alegre com seu canal no youtube Mamãe Falei para fazer a campanha do tucano Nelson Marchezan Júnior, uma das principais apostas do ultradireitista MBL naquela eleição, assim como João Dória, na capital paulista.

Ele foi acusado de ser responsável pela circunstância que levou ao suicídio Plínio Zalewski, coordenador da campanha do oponente de Marchezan Júnior no segundo turno, Sebastião Melo/MDB. A reportagem “O primeiro morto da extrema-direita do Brasil”, do site The Intercept, explica em detalhes o episódio.

Atualmente, Melo, convertido ao bolsonarismo-raiz, é prefeito da cidade. E tem como seu vice, por ironia, um político ultraliberal e reacionário do MBL que foi parceiro do Arthur naquela campanha que teve o desfecho trágico. A esposa desse vice-prefeito, por outro lado, foi denunciada à polícia pela ex-deputada Manuela D’Ávila/PCdoB [2021] por divulgar nas redes sociais a fotografia da filha de 5 anos da Manuela que resultaram em uma verdadeira campanha de ódio e ameaças de estupro e de morte da Manuela e da sua filha.

Na Assembleia Legislativa de SP Arthur faz um mandato conflitivo e coleciona desafetos. Já foram protocolados 12 pedidos de cassação do mandato devido às declarações não só abjetas, como, principalmente, criminosas, que ele fez sobre turismo sexual e exploração sexual de mulheres.

O “maníaco sexual de Kiev” já foi largado pela namorada, renunciou ao partido do Sérgio Moro e à candidatura ao governo de SP, e deverá ser cassado pela Assembéia de SP.

É assombroso constatar, contudo, que o “maníaco sexual de Kiev” fez uma votação estrondosa para deputado estadual, e, se não tiver impedimento legal de se candidatar novamente, poderá repetir um desempenho surpreendente. Sintoma de um país doente, para não dizer apodrecido e corrompido. O mesmo sintoma, aliás, é constatado no desempenho do Aberração do Planalto nas pesquisas de opinião a despeito do genocídio, da devastação e da barbárie produzida.

Por Jeferson Miola

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