Militares aconselharam Bolsonaro a ficar do lado de Putin

Atualizado em 2 de março de 2022 às 17:37
Bolsonaro ao lado de Putin
Aconselhamento teria sido feito por militares do primeiro escalão. Foto: AP Photo / Eraldo Peres

Jair Bolsonaro (PL) parece estar em uma enrascada desde que escolheu apoiar a Rússia, na guerra contra a Ucrânia, na opinião de integrantes do Palácio do Planalto. Inclusive, há quem defenda que o presidente escolheu o lado errado da história ao ouvir a recomendação dos militares de que a proximidade com Putin em tempos de guerra seria um bom negócio.

O aconselhamento teria sido feito por militares do primeiro escalão, que teria orientado o presidente a ficar do lado do líder russo Vladimir Putin. Segundo eles, o Brasil tinha muito mais a ganhar se não comprasse briga com a Rússia. As informações são do Correio Braziliense.

Durante a viagem a Moscou, Bolsonaro já havia sido aconselhado por auxiliares a ignorar a Ucrânia, contrariando o pedido de Washington. 

Na ocasião, o governo americano manifestou preocupação com a visita de Bolsonaro a Moscou. 

A mensagem enviada fora a de que a viagem não afetaria diretamente as relações entre Brasília e Washington, mas, por outro lado, poderia ser interpretada como um apoio a Putin no conflito com a Ucrânia.

Entre os fardados que teriam recomendado o alinhamento com a Rússia estariam o ministro da Defesa, Braga Netto, e o ministro da secretaria-geral da presidência, Luiz Eduardo Ramos.

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Entenda o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro

Bolsonaro divulgou, por Whastapp, uma mensagem pró-Rússia enaltecendo o país como integrante de um grupo capaz de enfrentar a “Nova Ordem Mundial”. Na mensagem, ele também criticou a atuação dos Estado Unidos no atual contexto geopolítico. “USA não é mais uma nação virtuosa”, diz a mensagem, obtida pelo jornal O Globo.

O presidente disse que apenas a Rússia, a China e a Liga Árabe seriam capaz de enfrentar a “NOM” (Nova Ordem Mundial) e que o Brasil estaria no radar dela e de “toda a esquerda”. Ele ainda afirmou que a mídia e os ministros do STF estão prontos para entregar o país.

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