Integrantes da cúpula do Ministério da Justiça dizem que a extradição de Allan dos Santos foi “acelerada”. Eles acreditam que houve quebra de confiança da Polícia Federal e avaliam o episódio como “facada nas costas” no ministro Anderson Torres. Ele só soube do envio dos documentos aos Estados Unidos mais de 15 dias depois de o processo ser remetido ao Itamaraty.
No início de novembro, auxiliares do ministro da Justiça procuraram a delegada Silvia Amélia para sondar sobre o andamento do caso. Teriam alertado a policial federal que Torres não gostaria de ser surpreendido pela imprensa.
No dia seguinte, entretanto, a delegada admitiu que já tinha enviado os documentos no dia 19 de outubro. Ela mandou o pedido de extradição dois dias antes de a decisão de Alexandre de Moraes ser divulgada.
O caso virou notícia somente no dia 21 daquele mês. Ou seja, no dia 19 ele já não estava mais nas mãos da Polícia Federal.
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Cúpula do Ministério da Justiça vê “traição interna” no caso
Para a cúpula do ministério, a postura da delegada representa “traição interna”. Por isso, Torres teria “acelerado” a exoneração de Amélia. O secretário Nacional de Justiça, Vicente Santini, já vinha pedindo a exoneração da delegada. Ela estava em férias quando o processo foi enviado da Justiça para o Itamaraty.
Aliados da delegada, nos bastidores, dizem que ela não avisou o ministério previamente porque o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) é um órgão técnico e cuida de temas sensíveis.
A informação é da coluna de Igor Gadelha no Metrópoles.
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