“Molon não é militante”, diz Benedita ao defender rompimento do PT com o PSB no RJ

Atualizado em 3 de agosto de 2022 às 20:56
Filho da deputada Benedita da Silva morre aos 58 anos. Foto da deputada no plenário da câmara falando ao microfone.
A deputada federal Benedita da Silva. Foto: Câmara dos Deputados

Benedita da Silva ficou revoltada com a postura do PSB e de Alessandro Molon na definição pelo candidato ao Senado Federal no Rio de Janeiro. Ela quer que o partido cumpra o acordo firmado com o PT, que espera o apoio da sigla à candidatura de André Ceciliano. A informação é do jornal O Globo.

Em áudio encaminhado para grupos de militantes do PT, Benedita se diz “indignada” e aponta que “quem não está cumprindo o acordo é o PSB”. “O presidente nacional [do PSB] ouviu o presidente Lula, que disse: ‘O meu candidato é André Ceciliano no Rio de Janeiro'”, alega.

Deputada federal e uma das fundadoras do PT, ela diz “ser aliancista de primeira”. “Olha, se não pode ter aliança com PSB, tem aliança com outros. O que não falta é quem queira fazer uma aliança com Lula, que está em primeiro nas pesquisas”, prossegue.

Para Benedita, Molon “não é militante” e está atuando contra a candidatura de seu próprio colega de partido, Marcelo Freixo. “Isso não é papel que se faça. Está na cara que Molon não é militante. Não foi no PT, quando as coisas ficaram ruins, e não está sendo agora. Ele, sim, quer minar a candidatura do Freixo, é ele quem quer”, avalia.

O áudio da deputada foi revelado após o PT no Rio defender a retirada do apoio à candidatura de Freixo ao governo do estado. A sigla de Lula e o PSB estão num cabo de guerra sobre a indicação ao Senado. O PT quer que André Ceciliano seja candidato e receba apoio do PSB, que, por sua vez, quer lançar Alessandro Molon e não abre mão de uma candidatura própria à casa legislativa.

Ceciliano garantiu que o partido “apoiará Freixo” e que a sigla pretende “perseguir esse acordo”. “Eu falei mais de uma vez que se fosse para ampliar a aliança, eu estaria disposto a abrir mão da posição do Senado. Mas para ampliar a aliança”, diz ele.

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