MP apresenta ação contra Salles e outras 12 pessoas por violarem medidas sanitárias em motociata

Atualizado em 11 de janeiro de 2022 às 19:19
Salles
Ricardo Salles participa de motociata em São Paulo

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP)  apresentou uma ação contra o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e mais 12 pessoas por violação a medidas sanitárias da pandemia durante uma motociata que aconteceu em junho de 2021. Se forem condenados, os envolvidos deverão pagar, juntos, cerca de R$ 800 mil aos cofres públicos.

Na ação que foi apresentada hoje (11), o promotor de Justiça Arthur Pinto Filho considera que os organizadores da motociata, incluindo o presidente Jair Bolsonaro e seus ministros, desrespeitaram leis e decretos que procuram diminuir a disseminação de Covid-19 na cidade de São Paulo.

Entre as atitudes citadas pelo promotor está o incentivo a aglomerações e a falta do uso de máscara, que segundo o MP-SP, causou prejuízos à saúde da população paulista.

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Além de Salles, outros nomes estão na lista do MP-SP

Além do ex-ministro do Meio Ambiente, podem responder pelos atos o empresário e pastor Jarkson Vilar da Silva; Marcelo Fernandes Bella; o empresário Tomé Abduch, do grupo Nas Ruas; Estevam Hernandes Filho, da Igreja Renascer em Cristo; Renata Vaz Quesada Vilar da Silva; Max Guilherme Machado de Moura, assessor do presidente; o tenente do Exército Mosart Aragão Pereira; Waldir Luiz Ferraz; Carlos Alberto Maciel Romagnoli; Luiz Fernando Valente de Souza Marcondes; Adriana Mangabeira Wanderley; e Lucas Moura de Oliveira.

O presidente foi multado pelo governo paulista em R$ 552,71 por não usar máscara durante a motociata. Bolsonaro também deu informações falsas sobre a pandemia no percurso de cerca de 120 quilômetros. Ele afirmou que quem está vacinado não transmite coronavírus e que o “tratamento precoce” com remédios como ivermectina  e sem eficácia comprovada não faz mal a ninguém.

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