Nikolas Ferreira se vacina contra Covid-19 para participar de ato antivax

Atualizado em 25 de janeiro de 2022 às 22:09
Nikolas Ferreira e Bolsonaro lado a lado
Nikolas Ferreira se vacinou contra a Covid-19

Nikolas Ferreira se imunizou contra a Covid-19 para fazer uma viagem internacional. O vereador bolsonarista de Belo Horizonte saiu do Brasil neste mês. Um dos eventos que o parlamentar participou na Europa foi uma manifestação contra a vacinação.

Em 2021, ele tomou a primeira dose da vacina com o objetivo de viajar. Porém, ele fez discurso negacionista e se mostrou contra a imunização. Deixou claro que apenas recebeu a primeira dose por causa do trabalho.

“Estou me sentindo imposto [a tomar a vacina contra COVID-19] porque estou indo para uma viagem importante. Eu não ia deixar de viajar. Mas foi algo contra a minha vontade”, desabafou na ocasião.

Em storie feito em seu perfil do Instagram na última segunda (24), Nikolas mostrou aos seus seguidores que estava no protesto contra a vacinação. Ele estava ao lado de uma pessoa que segurava um cartaz com a seguinte frase: “Please, don’t jab kids” (“Por favor, não vacinem as crianças”, em livre tradução).

Vale ressaltar que brasileiros precisam receber as duas doses da vacina para entrar no Reino Unido sem passar por uma quarentena.

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Nikolas Ferreira foi criticado

O vereador recebeu críticas de colega de Câmara de BH. Duda Salaber afirmou que o comportamento do jovem era irresponsável. “O dever da Câmara é lutar pela aceleração da vacinação de crianças para um retorno mais seguro às aulas”, opinou ao jornal Estado de Minas.

“Então, acho bastante irresponsável que o vereador se posicione desta maneira em relação á vacinação infantil. E especialmente num contexto em que a COVID-19 mata mais do que muitas doenças infecciosas”, acrescentou.

Nikolas negou ao jornal que é contra a imunização de crianças. Mas declarou que a escolha deve ser dos pais. “Eles precisam autorizar a vacina, mas são pressionados até cederem”, comentou.

“Tem todo um discurso de que, se eles não levarem os filhos para a vacinação, eles não têm empatia, não se importam com as crianças. Isso não é liberdade. Liberdade sob pressão não é liberdade. Para mim, os pais é que decidem sobre os filhos. O estado não pode querer tomar nossas crianças”, concluiu.

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