Relembre 7 vezes que Olavo de Carvalho minimizou a covid e a pandemia

Atualizado em 25 de janeiro de 2022 às 8:16
A imagem de Olavo de Carvalho
Olavo de Carvalho. Foto: Reprodução/YouTube

Olavo Luiz Pimentel de Carvalho, o guru Olavo de Carvalho, faleceu aos 74 no dia 24 de janeiro de 2022 por complicações da covid. Autointitulado filósofo, embora não tivesse formação, ele tornou-se um ideólogo de extrema direita e um negacionista científico. Ele negou as mortes na pandemia do novo coronavírus no Brasil e no mundo.

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As mentiras de Olavo de Carvalho

O DCM levanta as mentiras que o guru falou nesse momento da pandemia. O Brasil já tem cerca de 620 mil mortes. O pensador negou a existência da doença, suas consequência e espalhou teorias da conspiração sobre o tema.

1. Jogou a culpa da pandemia em Bill Gates, acredite se quiser

Em janeiro de 2020, Olavo já jogou a culpa em Bill Gates pela pandemia. Num vídeo compartilhado em seu Facebook, um youtuber afirma que o vírus foi criado pelo pai da Microsoft. Ele afirmou também que na China, as pessoas estão ‘queimando suas casas’ quando descobrem que estão com o vírus. O guru chancelou isso.

O DCM procurou a Microsoft, empresa que foi fundada por Bill Gates, naquele mês. Eles ficaram cientes das mentiras circulando nas redes e estudaram tomar ações contra.

2. Negou a existência da pandemia

No mês de março de 2020, ele chegou a negar a existência da pandemia. A fala de Olavo foi durante uma transmissão no canal do Youtube do Jornal Brasil Sem Medo, denominado “o maior jornal conservador do Brasil”. No vídeo, ele afirma que “o número de mortes dessa suposta epidemia [do coronavírus] não aumentou em nem 1 único caso o número habitual de mortos por gripe no mundo. Nem um único caso, gente! Essa endemia simplesmente não existe”.

O vídeo, intitulado como “‘Histeria não é coragem!’ – Sobre o Corona e o Caos gerado”, foi excluído do YouTube por violar as diretrizes da comunidade.

Sua filha, Heloisa de Carvalho, que é rompida com o guru, denunciou seu próprio pai para o governador da Virgínia, justamente por sua discurso negacionista, nos Estados Unidos.

3. Chamou a covid de “historinha de terror”

Em maio de 2020, o guru escreveu: “O medo de um suposto vírus mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e fazê-la aceitar a escravidão como um presente de Papai Noel”. Isso está registrado em um post no Twitter.

4. Insistiu para a pandemia não ser mais chamada de pandemia

Em julho de 2020, Olavo questionou quando conservadores parariam de usar o termo “pandemia” para se referir à pandemia de Covid-19. “Quando é que os ditos “conservadores” vão parar de usar o termo “pandemia”?”, escreveu em seu Twitter.

5. Disse que a cloroquina salvou “milhares de vidas”

No mês de julho de 2020, ele saiu em defesa da cloroquina afirmando que a droga divulgada por Jair Bolsonaro –  produzida aos montes pelo Exército após ordem do presidente – salvou milhares de vidas no Brasil.

Em vídeo publicado pelo guru bolsonarista, ele já chegou a afirmar que não havia nenhum morte pelo novo coronavírus confirmada e negou a existência da pandemia.

“Na França o primeiro-ministro e o ministro da Saúde que vetaram a cloroquina perderam os cargos e respondem a processo. No Brasil, xingado de genocida é o presidente que, liberando a cloroquina, salvou milhares de vidas. Esse país é o paraíso da ignorância”.

6. Duvidou das mortes na pandemia

Em janeiro de 2021, o escritor colocou em dúvida a mortalidade do coronavírus, que chamava de “mocoronga vírus”. “Dúvida cruel. O Vírus Mocoronga mata mesmo as pessoas ou só as ajuda a entrar nas estatísticas?”, disse. Está no Twitter dele.

7. Inspirou, ao que tudo indica, o gabinete das sombras do governo Bolsonaro

O negacionismo do guru inspirou o governo Bolsonaro, a ponto do presidente imediatamente lamentar sua morte. Uma influência dele foi sobre o chamado “gabinete das sombras” do governo. A informação é de uma reportagem do DCM com informações de Heloisa de Carvalho, filha do guru.

Vídeos e discursos do guru inspiraram médicos como Paolo Zanotto, Nise Yamagushi e outros médicos que minimizaram os efeitos da pandemia, insistiram no “tratamento precoce”, entre outros negacionismos científicos. O grupo foi investigado pela CPI da Covid.

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