Operação mira PMs suspeitos de matar 24 pessoas e alegarem confrontos

Atualizado em 1 de abril de 2022 às 12:32
O comandante-geral da Polícia Militar saiu em defesa da corporação e dos policiais militares alvos da “Operação Simulacrum” Foto: Reprodução

A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual deflagraram, nesta quinta-feira (31), a “Operação Simulacrum” contra um grupo de Policiais Militares (PMs). Segundo investigações, eles simulavam confrontos para praticar assassinatos em Cuiabá e Várzea Grande.

Ao todo, são 81 mandados de prisão temporária contra policiais militares investigados por homicídios. Também são cumpridos 34 mandados de busca e apreensão e de medidas cautelares diversas. As ordens judiciais foram decretadas pela 12ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá.

Conforme o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e a Polícia Civil, o grupo é investigado pela morte de 24 pessoas, com evidentes características de execução. Além disso, também houve tentativa de homicídio de, pelo menos, outras quatro vítimas. Todas sobreviveram.

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As investigações dos PMs

Operação Simulacrum foi deflagrada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual.
Foto: Reprodução.

De acordo com as investigações, os militares envolvidos contavam com a atuação de um colaborador que cooptava interessados na prática de pseudo crimes patrimoniais. O objetivo último, na verdade, era matá-los. Eles eram atraídos para locais onde já se encontravam os PMs, e sumariamente executados, sob o falso fundamento de um confronto.

Os responsáveis pela apuração dos fatos reforçam que há farto conteúdo probatório que contrapõe a tese de confronto apresentada pelos investigados.

As investigações indicam que a intenção do grupo criminoso era a de promover o nome dos policiais envolvidos e de seus respectivos batalhões. Na época em que ocorreram os fatos, os policiais investigados encontravam-se lotados nos batalhões Rotam, Bope e Força Tática do Comando Regional.

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