A Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN) tirou do ar um post com uma soldada da Ucrânia ostentando símbolo neonazista. A entidade havia publicado nesta terça (8) imagem da militar com o símbolo do Sol Negro em seu uniforme militar, como denunciou a jornalista Sara Vivacqua no DCM.
A publicação, feita na conta oficial da organização, dizia que “Neste Dia Internacional da Mulher, pensamos nas notáveis mulheres da Ucrânia. Sua força, bravura e resiliência são símbolos do espírito de sua nação”. Após a repercussão negativa da imagem, o órgão excluiu a publicação.
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Até às 18h de hoje, foram mais de 2.000 comentários e 5.000 retweets criticando a publicação feita pela Otan. Um usuário comentou no post que “Isso é o Sol Negro, um símbolo criado pela SS. Então vocês estão propagandeando bravas mulheres, democracia e tudo mais pelo que a Ucrânia está lutando mostrando um soldado de extrema-direita”.
O Sol Negro (alemão: Schwarze Sonne). A resiliência evocada na farda da militar é um símbolo na Alemanha pós-nazista e em rituais de satanismo, remodelado e expandido pelo chefe da SS, Heinrich Himmler.
Apesar de ter tido vários usos ao longo da história, como em alusão ao esoterismo ou cultos satânicos, hoje o símbolo é utilizado na Ucrânia para representar a extrema-direita do país. Na publicação, a organização também apresentou fotos de uma médica, uma mãe fugindo da guerra com duas crianças e mulheres que fabricam acessório de camuflagem.
O desenho consiste em doze runas radiais, semelhantes aos símbolos empregados pela SS em seu logotipo. O conceito neonazista do “Sol Negro” foi inventado pelo ex-oficial da SS Wilhelm Landig como substituto da suástica nazista.
De acordo com a entidade Freedom House, o Sol Negro remete a movimentos ligados ao esoterismo e ao ocultismo de meados do século 19. Nos anos seguintes, o emblema foi usado em cultos satanistas ou neopagãos e organizações com traços esotéricos dentro do nazismo. Na Ucrânia, é frequentemente usado como uma marca da ideologia de extrema direita.
Os métodos de combate evocados como luta por estes exércitos ferem a dignidade humana, mais ainda quando usados para homenagear as mulheres.
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