Polícia Federal ignorou o procurador-geral da República, Augusto Aras, ao não comunicar à defesa do ex-ministro da Justiça Sergio Moro a realização do interrogatório de Jair Bolsonaro no inquérito que apura a suspeita de interferência política do presidente na corporação, informa a Folha de S.Paulo.
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Nas manifestações enviadas em setembro ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), portanto mais de um mês antes do depoimento, Aras ponderou a necessidade de intimação da Procuradoria e dos advogados dos investigados quando da realização de oitivas.
Bolsonaro foi ouvido pela PF no Palácio do Planalto na quarta (3), ocasião em que negou a acusação feita contra ele e afirmou que Moro condicionou uma troca no comando da corporação à sua indicação para uma vaga de ministro do Supremo, declaração rebatida pelo ex-juiz da Lava Jato.
Defesa de Moro não participou do interrogatório e, em nota à imprensa, reclamou do fato de não ter sido “intimada e comunicada oficialmente com a devida antecedência, impedindo seu comparecimento a fim de formular questionamentos pertinentes”.
Em 2020, ainda na relatoria do caso, o ex-ministro Celso de Mello concedera aos advogados de Moro o direito de acompanhar o interrogatório de Bolsonaro e fazer perguntas. Foi uma medida em caráter excepcional —não é de praxe que isso ocorra na fase policial.
Naian Lopes informou em 6 de outubro no DCM: Jair Bolsonaro confirmou que vai depor presencialmente à Polícia Federal e Sergio Moro pretende acompanhar a declaração. O juiz poderá participar presencialmente ou enviar representantes para assistir ao depoimento do presidente.
Conforme apurou o DCM, Moro não acha uma má ideia ficar frente a frente com Bolsonaro. Isto porque não engoliu o fato de ter sido confrontado pelo chefe do executivo federal. O ex-juiz acusou seu ex-parceiro político de suposta interferência na PF.
Em conversas com aliados, o ex-ministro da Justiça afirmou que tem interesse em participar do depoimento. “Ele quer escutar Bolsonaro e até fazer perguntas. O objetivo é impedir que o presidente minta”, falou uma pessoa próxima ao ex-juiz.
E Moro tem dito que não há ninguém melhor do que ele para confrontar o presidente, caso invente alguma história. Porém, colegas pedem para que ele não vá ao depoimento. Na visão deles, apenas criará um fato para a imprensa e acabará tirando o foco do assunto principal.
O ex-juiz, no entanto não acompanhou.
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