Após Renan pedir indiciamento de Bolsonaro na CPI, PGR se vinga

Atualizado em 10 de dezembro de 2021 às 15:49
Procuradora Lindôra Araújo e Renan
Procuradora Lindôra Araújo pede que arquivamento do inquérito contra Renan Calheiros seja desconsiderado

Dois dias depois do senador Renan Calheiros (MDB-AL) apresentar o relatório final da CPI da Covid, com pedido de indiciamento de Jair Bolsonaro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) voltou atrás em um pedido de arquivamento de um inquérito contra o parlamentar, responsável pelo relatório. A PGR disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que aconteceu um “equívoco de tramitação”.

A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, foi a responsável por assinar a manifestação sigilosa. Lindôra tem a confiança do procurar-geral da República e é apontada como uma pessoa com boa relação com o senador Flávio Bolsonaro, que não tem estima por Renan Calheiros, os dois senadores chegaram a protagonizar uma discussão durante uma sessão na CPI da Covid.

Ao longo da comissão parlamentar de inquérito, Renan foi um forte crítico da gestão da pandemia do governo Bolsonaro, o que levou a atribuir ao presidente diversos crimes por sua atuação no combate à Covid-19.

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Suposto caso de corrupção em obras de hidrelétrica envolve Renan

O inquérito analisado pela PGR apura um suposto esquema de corrupção envolvendo as obras da hidrelétrica de Belo Monte. Lindôra concordou com um pedido da defesa do senador em 12 de julho. E pediu o arquivamento do caso, argumentando que não foram encontradas provas contra Renan. E que não havia mais linha investigativa para buscar novos elementos.

Porém, dois dias após o relatório final, em 22 de outubro, a subprocuradora enviou um novo documento de três páginas ao ministro Edson Fachin, relator do caso. De maneira sucinta, pediu para que a manifestação de arquivamento fosse desconsiderada. Sob o argumento de que era uma “minuta ainda não aprovada”. Ao final, disse que a promoção de arquivamento foi enviada ao STF por um “equívoco de tramitação”, apesar de ter sido assinada eletronicamente pela própria Lindôra. O caso será levado a julgamento na Segunda Turma do STF pelo ministro Edson Fachin.

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