Premiê de Cabo Verde diz ter sofrido “muitas pressões” dos EUA para extraditar empresário aliado de Maduro

Atualizado em 2 de novembro de 2021 às 14:56
Veja Alex Saab
Alex Saab ficou detido em Cabo Verde por mais de um ano. Foto: Reuters/Reprodução

Em mensagem na sua conta oficial na rede social Facebook, o primeiro-ministro do Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, disse que falou, por telefone, com o secretário de Estado americano em 21 de outubro.

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O que diz o premiê do Cabo Verde

Na ocasião, Antony Blinken disse “que reconheceu a qualidade da democracia cabo-verdiana como uma referência em África e no mundo”, no contexto das eleições presidenciais que elegeram José Maria Neves.

“Reafirmei que a estabilidade, a democracia e a confiança são os principais ativos de Cabo Verde, que fazemos questão de proteger, cuidar e aprimorar. Também confirmei a minha participação na Cimeira da Democracia, iniciativa do Presidente Biden que irá ter lugar em dezembro deste ano”, anunciou.

A extradição de Alex Saab, ocorreu em 16 de outubro após uma forte contestação nos tribunais por parte da defesa até à última decisão do Tribunal. O testa-de-ferro do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, estava detido em Cabo Verde desde junho de 2020, diz a Deutsche-Welle Brasil.

“Sublinhei a nossa confiança na Justiça cabo-verdiana que decidiu um processo complexo sujeito a muitas pressões. O secretário de Estado garantiu o respeito pelo cumprimento das condições que garantem uma justiça justa e que tenha em conta os princípios constitucionais de Cabo Verde em matéria de extradição”, afirmou Ulisses Correia e Silva.

Na mesma mensagem divulgada, o primeiro-ministro reafirmou “o interesse do Governo de Cabo Verde em afirmar uma cooperação sólida com os EUA em matéria segurança e defesa cooperativa e modernização da justiça”.

“Assim como agradeci ao Governo dos EUA pela oferta de vacinas [contra a Covid-19]. O desempenho de Cabo Verde na gestão da pandemia e na vacinação foi considerado notável”, escreveu.

“Brevemente receberemos as vacinas da Pfizer [doadas pelos Estados Unidos], o que permitirá a vacinação da população dos 12 aos 17 anos”, acrescentou.