Após dizer que vacinação de crianças não é “consensual”, Queiroga foge de jornalistas

Atualizado em 17 de dezembro de 2021 às 17:41
Queiroga em coletiva
Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (17), em coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se negou a comentar as ameaças do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a Anvisa.

“Esse não é o assunto da coletiva. O presidente Bolsonaro alocou R$ 33 bilhões para a aquisição de imunizantes. É por isso que o Brasil foi até elogiado pela The Economist”, disse Queiroga ao apresentar resultados de estudo encomendado pela pasta à Universidade de Oxford sobre doses de reforço para vacinados com Coronavac.

“Seguindo as determinações do presidente da República, estamos trabalhando fortemente para que as políticas públicas – elas cheguem a cada um dos brasileiros. E o controle da pandemia é a prova de que estamos no caminho no certo. Essas outras questões não fazem parte da entrevista coletiva que estamos fazendo hoje aqui”, continuou.

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Queiroga disse vacinação de crianças não é “assunto consensual”

Mais cedo, o ministro disse que a vacinação de crianças contra a Covid-19 não é um “assunto consensual”. Ontem, a Anvisa aprovou a imunização para crianças de 5 a 11 anos. Porém, mesmo com a aprovação, cabe ao Ministério da Saúde decidir se inclui ou não a medida no Programa Nacional de Imunizações.

Em conversa com jornalistas após a decisão da agência, Queiroga mostrou desconforto com o tema. Ele disse que isso ainda será “amplamente discutido” na pasta , mas adiantou que a medida não será adotada em 2021.

Hoje, o ministro reforçou sua opinião e disse que não há um consenso sobre o assunto. “Queremos discutir esse assunto de uma maneira aprofundada, porque não é um assunto consensual. Há aqueles que defendem, há os que defendem de maneira entusiasta, há os que são contra”, afirmou.

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