Secretário do governo ganha força na disputa pelo Ministério da Justiça

Atualizado em 15 de dezembro de 2023 às 14:10
Wellington César Lima e Silva e a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. Foto: Adriano Machado/Reuters

A titularidade do Ministério da Justiça tem sido disputada nos bastidores do governo federal após a aprovação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF). Em meio aos vários nomes de autoridades cotadas para o posto, um secretário do Palácio do Planalto tem ganhado força.

Com a exclusão do ministro aposentado do Supremo Ricardo Lewandowski, Wellington César Lima e Silva, secretário especial para assuntos jurídicos da Presidência, tem sido apontado como um dos favoritos na disputa pelo líder do governo no Senado Federal, Jaques Wagner (PT-BA).

O ex-magistrado era tido como um dos nomes mais fortes para assumir a pasta, mas Wagner afirmou abertamente que ele não será escolhido. O parlamentar também descartou outros nomes que apareciam como cotados para a pasta, como o dele e o da presidente nacional do PT e deputada Gleisi Hoffmann (PR).

“Eu posso dizer quem eu conheço que não será ministro: nem o Lewandowski, nem o Jaques Wagner, nem a Gleisi”, afirmou Wagner à Folha de S.Paulo. Após o apoio do senador, pessoas próximas ao presidente têm apoiado o nome de Wellington para chefiar a pasta.

O ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski. Foto: Reprodução

Segundo aliados do petista, ele desistiu da ideia original de nomear uma mulher para o Ministério da Justiça e tem sinalizado que quer optar por uma solução caseira. Wellington despacha diretamente com o presidente e conquistou sua confiança ao longo do primeiro ano de governo.

O secretário chegou a assumir o Ministério da Justiça por alguns dias, em março de 2016, em meio ao golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, ele teve que renunciar por ser membro do Ministério Público da Bahia e após o Supremo declarar inconstitucional um procurador exercer cargo no Executivo sem abrir mão da carreira.

Nascido em Salvador (BA), ele conta com o apoio da ala baiana do PT e não existe impedimento em sua nomeação para a pasta atualmente, já que se aposentou do MP.

Outros nome cogitados para o posto são o de Jorge Messias, chefe da Advocacia-Geral da União (AGU); o de Marco Aurélio de Carvalho, advogado e coordenador do Grupo Prerrogativas; e o de Wadih Damous, ex-deputado e atual secretário nacional do consumidor do Ministério da Justiça.

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