Servidores da Anvisa detonam Bolsonaro após ameaça: “Método fascista”

Atualizado em 17 de dezembro de 2021 às 12:43
Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR
Bolsonaro tentou intimidar servidores da Anvisa. Foto: Alan Santos/PR

Os servidores da Anvisa, por meio da associação Univisa, repudiaram a fala que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez durante sua tradicional transmissão ao vivo (live) de toda quinta-feira. Na de ontem (16), ele tentou intimidar os servidores, cobrando que seja divulgado os nomes dos responsáveis pela autorização da vacinação em crianças de 5 a 11 anos.

Diz trecho da nota dos servidores:

“Nesse contexto, a intenção de se divulgar a identidade dos envolvidos na análise técnica não traz consigo qualquer interesse republicano. Antes, mostra-se como ameaça de retaliação que, não encontrando meios institucionais para fazê-lo, vale-se da incitação ao cidadão, método abertamente fascista e cujos resultados podem ser trágicos e violentos, colocando em risco a vida e a integridade física de servidores da Agência”.

A informação é da jornalista Andréia Sadi.

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Na sua live, Bolsonaro levantou dúvidas sobre a decisão da Anvisa de liberar a vacinação para as crianças e, no sentido contrário ao incentivo pela imunização, ele disse que os pais devem avaliar se darão ou não a vacina.

“Não sei se são os diretores e o presidente que chegaram a essa conclusão ou é o tal do corpo técnico, mas, seja qual for, você tem o direito de saber o nome das pessoas que aprovaram aqui a vacina a partir dos cinco anos para o seu filho. Agora mexe com as crianças. Então quem é responsável é você pai. Tenho uma filha de 11 anos. Vou estudar com a minha esposa qual decisão tomar”, afirmou o presidente.

De acordo com Andréia Sadi, a fala gerou um “impacto muito forte no moral” dos servidores, que vinham trabalhando com segurança contra a pandemia, cientes de que estavam fazendo um trabalho técnico.

Com informações do Blog da Andréia Sadi

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