Temer é motivo de briga entre MDB e PSDB em São Paulo

Atualizado em 24 de outubro de 2021 às 15:37
ricardo nunes michel temer
Ricardo Nunes pretende mexer no seu secretariado e tem o apoio de Michel Temer

Ricardo Nunes (MDB) quer ter maior controle da prefeitura de São Paulo e tem Michel Temer (MDB) como seu maior aliado. Tal comportamento do prefeito vem irritando o PSDB, principalmente a ala menos conservadora do partido. No entendimento da sigla, há um movimento de ruptura vindo por parte do governante paulistano.

Neste domingo (24), a coluna do Guilherme Amado informou que Nunes vai dar mais cargos para pessoas de confiança do ex-presidente. Marcelo Barbieri deve assumir a Casa Civil ou Secretaria de Governo. Weber Ciloni é outro nome que ganhará espaço nos próximos dias.

Conforme apurou o DCM, as informações estão corretas. E o PSDB não deverá aceitar tudo de forma passiva. Os líderes do partido na capital paulista não pretendem romper neste momento com o prefeito. Até porque, há eleições em 2022 e interesses na esfera estadual e federal entrarão em jogo.

Porém, um plano será traçado para que, após o fim do pleito do ano que vem, a legenda largue o governo. Isto porque um nome do partido será preparado para disputar contra Ricardo Nunes.

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Ricardo Nunes trairia Michel Temer e iria para o PSDB?

Inicialmente, essa possibilidade foi levantada. Porém, as atitudes do prefeito afastaram essa ideia. Seria uma reviravolta enorme se ele se enquadrasse nos desejos do PSDB e virasse um tucano. Hoje, é o principal nome do MDB na capital e ainda tem como padrinho Michel Temer. Não seria interessante deixar sua sigla atual.

E o PSDB acredita que Ricardo buscará a reeleição. Além de estar em um partido de grande porte, ainda terá em mãos a máquina pública. Por isso os tucanos querem viabilizar um forte nome para voltar a ocupar a cadeira executiva da cidade de São Paulo.

Para isso ocorrer, há a compreensão que precisa se tornar oposição. E motivos para isso não faltam. Além de perder espaço no governo, Nunes é apontado como um político ideologicamente mais radical, ligado à lideranças conservadoras da Igreja Católica.