TSE torna inelegível prefeito que queria “dar de relho” em Lula

Atualizado em 3 de março de 2022 às 18:19
TSE torna inelegível prefeito
Prefeito de Bagé, Divaldo Lara, e deputado Luís Augusto Lara

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou inelegível o prefeito de Bagé, Divaldo Lara (PTB) e manteve a cassação de seu irmão, deputado estadual Luís Augusto Lara (PTB -RS), julgados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em 2019, por abuso de poder político, econômico e de autoridade nas eleições de 2018. O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, determinou a execução imediata da decisão.

O advogado dos irmãos, Eduardo Alckmin, disse na sessão que, durante o período em que os atos teriam sido praticados, quem estava no exercício da prefeitura de Bagé era o vice e não Divaldo Lara, que estaria afastando.  “O prefeito havia se afastado e nenhum desses foi praticado pelo prefeito irmão”, afirmou.

Divaldo Lara disse em nota discordar da decisão e irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). “A decisão ignorou uma gama de nulidades existentes no curso do processo”, disse.

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Moraes já havia negado recurso dos irmãos em abril

Em abril, o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, já havia negado recurso dos políticos. O voto de Moraes hoje (3) foi seguido por Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves, Paulo de Tarso Sanseverino, Sérgio Banhos, Carlos Mario Velloso Filho e Edson Fachin.

“O irmão utilizou o cargo de prefeito para auxiliar o seu irmão candidato à reeleição à deputado”, afirmou.

Moraes também alterou seu entendimento sobre o pedido da coligação PSOL/PCB, que solicitava a anulação dos votos de Luís Augusto Lara. Portanto, os votos destinados ao deputado deixam de contabilizar no quociente eleitoral da coligação do PTB e são repassados para a bancada do PSOL, em que o primeiro suplente, vereador Pedro Ruas, deveria assumir a vaga. 

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