O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (1°), que vai escolher o novo Procurador-Geral da República com “mais pente fino” por ter perdido a confiança no Ministério Público Federal (MPF) após a Operação Lava Jato.
O mandatário chamou a força-tarefa de “um bando de aloprados” que fez “a sociedade brasileira de refém”. O petista disse ainda ser cedo para falar no novo PGR, mas indicou que haverá “mais critério”. As declarações foram feitas no podcast semanal Conversa com o Presidente.
“Eu sempre tive o mais profundo respeito pelo Ministério Público, é uma das instituições que eu mais idolatrava no país. Depois dessa quadrilha que o [ex-procurador Deltan] Dallagnol montou, eu perdi muita confiança. Eu perdi porque é um bando de aloprados que acharam que poderiam tomar o poder atacando todo mundo ao mesmo tempo – atacaram o governo, o poder Executivo, o Legislativo, a Suprema Corte”, disse Lula.
“Eles fizeram a sociedade brasileira de refém durante muito tempo. Então, obviamente, vou escolher com mais critério, mais pente fino, para não cometer nenhum erro”. A indicação, no entanto, deverá ser feita em setembro.
Segundo aliados do chefe do Executivo, o mais cotado para ocupar o cargo hoje é o vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet Branco. Entretanto, a recondução de Augusto Aras, nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não foi descartada.
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