Vídeo que viralizou nas redes sociais, nesta terça-feira (4), mostra o Padre Paulo Ricardo, aliado de Bolsonaro, condenando católicos que se envolvem com a maçonaria. Nas imagens, de 2012, ele explica a fiéis sobre o motivo da proibição da associação desse grupo religioso com lojas maçônicas.
“Um católico não pode, de forma alguma, pertencer a maçonaria, essa é a disciplina da Igreja”, diz o padre. “Por mais que a maçonaria, em algumas lojas, algumas de suas ramificações, não persiga a igreja, ela ainda contém princípios que contrariam a fé católica e constituem um perigo para o fiel”.
O vídeo ganhou repercussão após um discurso do presidente em uma sessão da maçonaria, em 2018, vir à tona. Confira:
PALAVRAS DO PADRE PAULO RICARDO SOBRE UM CATÓLICO FAZER PARTE DA MAÇONARIA.
BOLSONARO SATANISTA / Fake News / MUITO GRAVE / Baphomet / #Eleicoes2022 / Daciolo / Bozopic.twitter.com/JjqWqHVv28
— DONA MARIA EX PATRIOTA ?? (@yoonieprince) October 4, 2022
Na mesma época, padre também publicou em seu site, Christo Nihil Praeponere, um documento da Congregação para a Doutrina da Fé chamado “Declaração sobre a Maçonaria”, com informações do porquê católicos não podem ser maçons.
“Permanece, portanto, imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão”, diz trecho do cocumento.
Padre Paulo Ricardo e o discurso do ódio
Em setembro, canais de comunicação do padre bolsonarista chegaram a ser monitorados pelo STF, no processo das “fake news”. por discurso de ódio. Trata-se de vitimismo promovido e calculado da parte dos “discípulos” do padre para justificar as ações dele e de seus seguidores nas redes sociais.
Esse vitimismo usou a “liberdade de expressão” para atacar pessoas LGBT, atacar religiões de matriz africana, atacar socialismo, alimentar o anti-petismo, defender torturador(es) da ditadura de 1964, ridicularizar instituições da já pálida democracia, pontificar contra vacinas, passar pano para os palavrões e para nicotina de Olavo de Carvalho, mentir descaradamente sobre teologia da libertação ou sobre o Papa Francisco.
“Liberdade de expressão” na boca dessa extrema direita católica é usada para justificar sua ideologia nas redes sociais.