Bolsonaro recebeu dica para tentar tirar urnas eletrônicas do TSE e mandar para a Abin; Saiba de quem

Atualizado em 2 de outubro de 2021 às 9:21
Abin Bolsonaro
Bolsonaro foi aconselhado sobre a Abin

Jair Bolsonaro escutou do seu filho número 03, Eduardo Bolsonaro, e Ciro Nogueira que a segurança das urnas eletrônicas fosse para as mãos da Abin. O objetivo do parlamentar e do ministro da Casa Civil é fazer com que o presidente pare de falar por um tempo de fraude nas eleições. E, por incrível que pareça, o chefe do executivo não achou a sugestão ruim.

Conforme apurou o DCM, Bolsonaro recebeu conselhos de apoiadores a voltar a falar das urnas. Seria uma resposta para as pesquisas eleitorais que colocam Lula em primeiro lugar. O plano era o seguinte: falar que os dados eram falsos e um esquema da imprensa com a esquerda para fraudar a eleição de 2022.

O presidente achou arriscado, mas sabe que suas chances de vencer são quase nulas. Por isso concordou em retomar os ataques contra o TSE. Só que Flávio e Eduardo não concordaram com o pai. Principalmente porque sabem que Carluxo não conseguiria ficar quieto, como prometeu, e poderia irritar o Judiciário.

Eduardo conversou com Ciro Nogueira e contou sua preocupação. O ministro também ficou preocupado e disse que eles precisavam encontrar uma solução. Eis que o 03 afirmou que a segurança da urna poderia ir para as mãos da Abin e Ciro concordou na mesma hora.

Bolsonaro recebeu muito bem a sugestão ainda em agosto e iniciou trabalhos nos bastidores para que isso saia do papel. A PF já entregou um relatório ao Senado fazendo o pedido.

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Abin e a urna eletrônica

Polícia Federal defende que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) dê para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), um órgão do governo federal, a atribuição de segurança na transmissão dos resultados extraídos das urnas eletrônicas.

Desde julho de 2019, o delegado da PF Alexandre Ramagem é diretor-geral da Abin. Ele é amigo da família Bolsonaro e chegou a ser escolhido pelo presidente, em abril de 2020, para ser diretor-geral da PF. A nomeação foi suspensa à época pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).