Bolsonaro e a 3a via: arrependidos de 2018 vão se reconverter em 2022?

Atualizado em 17 de outubro de 2021 às 10:15
Bolsonaro toma café em bar
Bolsonaro, em 2018, se escondeu do público com a facada; agora ele diz que virou paz e amor e vai tentar reconsquitar o seu eleitorado

Sabe aquele eleitor que não gostava de Bolsonaro em 2018 mas votou no genocida porque estava intoxicado do noticiário da Lava Jata e não queria ver o PT nem pintado? Ele está reaparecendo na cena e sendo cooptado pelo mesmo Bolsonaro.

Demos nesta manhã que aliados estão aconselhando o mandatário a esquecer os ataques aos adversários e focar mais no eleitorado em potencial. Bolsonaro agora entrou no modo ‘paz e amor’ e está se fazendo de defensor da chamada 3a via.

Das duas, uma: ou a Globo encontra logo um 3a via por aí, nem que seja em Pirapora da Floresta, ou vai ter de se aliar ao irresponsável e enganar seu público de novo. Com o SBT nunca deu para contar, a Record é a máquina de interesses do bispo.

E veja só. Ontem um cientista político falou que Bolsonaro leva outra vantagem: ele tem a chave do cofre.

A indecência que deveria ser considerada crime é apontada como potencial competitivo aqui no Brasil.

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Nunca devemos perder de vista que Bolsonaro tem apoio irrestrito dos militares e esses têm tradição de longos períodos de dominação no país.

Eles não vão largar o osso. Muito menos são cachorros mortos.

Resta saber se os arrependidos de 2018 vão se reconverter em 2022.

Carluxo voltou

A máquina de comunicação do clã é citada também como ponto forte da estrutura política de Bolsonaro.

Eles agem sincronizados, alimentando grupos que reproduzem as mensagens.

Na manhã deste domingo mesmo, enquanto Bolsonaro se passava por ‘paz e amor’, o filho Carlos, investigado no inquérito das fake news, se incumbia de fazer o papel de mau: atacou a professora Márcia Tiburi na tentativa de botar medo nos eleitores arrependidos de 2018.

É um dramalhão de terror que parece que nunca terá fim.