Bolsonaro diz que Guedes fica no governo e reclama do “mercado”

Atualizado em 22 de outubro de 2021 às 7:04
Bolsonaro e Guedes
Bolsonaro e Guedes – FOTO: EVARISTO SA/AFP

Nesta quinta (21), Jair Bolsonaro afirmou que “Paulo Guedes continua no governo”. A fala foi feita à CNN Brasil antes de sua live semanal. “O Governo segue com a política de reformas. Defendemos as reformas, que estão andando no Congresso Nacional, esse é o objetivo”. A saída do ministro foi cogitada após fala desastrosa sobre o teto de gastos.

O dólar subiu 1,88% e chegou a R$ 5,66, maior cotação desde 14 de abril. A Bolsa caiu 4,57% e fechou em queda de 2,75% ontem. Quatro secretários do ministro pediram demissão após ele citar manobra para furar o teto e viabilizar o Auxílio Brasil.

O presidente contrariou o “posto Ipiranga” e prometeu que “ninguém está furando o teto”. Sobre a saída dos técnicos da Economia, o presidente diz que “tem secretário que quer fazer valer sua vontade”. “A inflação é horrível? É péssima, mas pior ainda é o desabastecimento. Como está na iminência de ter um novo reajuste dos combustíveis, o que buscamos fazer? Acertado com a equipe econômica… Alguns não querem na equipe econômica, não queriam, outros acharam que era possível”.

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Bolsonaro reclama de mercado “nervosinho”

Outra confusão causada ontem pelo presidente foi o anúncio do auxílio de R$ 400 para caminhoneiros. Em sua live semanal, o presidente reclamou que o mercado fica “nervosinho” com a possibilidade de furar o teto. O projeto ocorre às vésperas de ano eleitoral e diante da possibilidade de greve do setor.

“Daí fica o mercado nervosinho. Se vocês explodirem a economia do Brasil, pessoal do mercado, vocês vão ser prejudicados também”, criticou

A ideia do presidente é dar o valor a 750 mil caminhoneiros autônomos. “É muito, é pouco? É o possível no momento”, afirma.