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O Brasil não sucumbirá novamente à orquestração cafajeste da mídia contra Lula. Por Tiago Barbosa

Lula.
Foto; Ricardo Stuckert

A orquestração cafajeste da velha mídia para desgastar a imagem do ex-presidente Lula e projetar o corrupto Sergio Moro é uma reprise indecente e inaceitável.

E deve ser amputada na origem para evitar os efeitos nefastos constatados pela eleição de um genocida responsável pela morte de mais de 610 mil brasileiros.

Esse esforço conjunto para bloquear essa ofensiva canalha – avessa ao jornalismo – envolve um reposicionamento da esquerda e, sobretudo, dos jornalistas dentro e fora da imprensa porta-voz de patrão.

Partidos do campo progressista precisam, de uma vez, abandonar o vício histórico de esperar a atenção e o aval dessa mídia corrompida para se sentir legitimados.

Esses veículos se lixam para a democracia, a geopolítica, os direitos humanos da coletividade e manipulam a narrativa dos fatos apenas para vilanizar Lula.

Não há critério, preocupação ou interesse social – somente a violência contra o petista para criminalizar as bandeiras populares e sustentar privilégios históricos.

O recuo do PT diante das eleições da Nicarágua (a desautorização de uma nota de apoio) é emblemático dessa genuflexão à opinião difundida pela mídia corporativa.

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Não se trata de, essencialmente, apoiar ou reprovar; embora a insurgência contra o imperialismo dos EUA em meio ao interesse chinês na região já seja razão suficiente para enxergar a complexidade da política local.

Mas é intragável a ação subserviente a partir da baliza estabelecida por veículos cuja atuação destituiu uma presidenta honesta, prendeu um inocente e esfacelou a democracia brasileira sob um protofascista.

Que moral ou credibilidade têm a Globo, a Folha, o Estadão, a Veja e adjacências para abrir a boca e falar em democracia?

Todos deram guarida ao projeto criminoso, mercenário e de poder da Lava Jato contra os interesses nacionais e chancelaram uma eleição com o candidato líder na prisão.

Só os estragos produzidos pelo aval ao ex-juiz corrupto Sergio Moro e ao procurador Deltan Dallagnol são suficientes para exigir dessa mídia autocrítica; desculpas e reconhecimento de incompetência antes de vomitar regras para o Brasil e a esquerda.

O que boa parte dos partidos democráticos reluta em entender é; essa mídia nunca vai tolerar o posicionamento progressista, esteja ou não alinhado com os parâmetros por ela publicizados.

Se o PT condenasse a eleição na Nicarágua, ela consideraria “fraca” a posição. Se fosse veemente, apontaria “incoerência ideológica”. Se silenciasse, “omissão”.

A escolha do tema e dos seus contornos serve apenas para criar munição contra Lula e fulminar as pretensões da esquerda.

A neutralização dessa prática tóxica ao país envolve a imediata identificação e repulsa a esses jornalistas escalados pelos chefes para caçar o petista e adular Moro, responsáveis pelo atual martírio brasileiro desde o abraço no fascismo em 2018, eles engataram um falso arrependimento para lavar a biografia e assumir a liderança pelo resgate democrático.

Mas, agora, encoleirados pelos chefes e autorizados a repaginar o antipetismo; se alinham como massa amorfa e acrítica para sustentar simplificações e atacar Lula.

Colunistas usados como escoadouro da Lava Jato, artífices da mitificação de Moro e normalizadores de fascista empunham a ousadia típica dos canalhas para aferir a democracia no ex-presidente, repórteres medonhos e legendadores de vídeo se arvoram na mediocridade corporativa para censurar quem enfrentou 580 dias de uma prisão injusta e ditatorial.

Basta.

Continua…

O definhamento do país no rastro dessa onda de estupidez e desfaçatez midiática obriga a sociedade a enfrentar o papel deletério de narrativas absurdas.

E isso inclui trazer à tona e constranger; à luz do interesse popular; essas figuras nocivas tanto à democracia quanto ao país.

Culpá-los por mentiras e distorções com impacto; em última instância; na sobrevivência do brasileiro, condenado por um regime miliciano à fome e ao lixo.

Exortar os colegas de redação a se insurgir contra essa anomalia jornalística sob pena de a omissão covarde virar cumplicidade.

E rotular todo material publicado por essa mídia corporativa, a partir de agora; como peça de campanha de Sergio Moro e da famigerada terceira via.

Essa lógica deve virar plataforma de ação para unificar os atos contra a violência informativa e a guerra cultural embutida nesses discursos.

A distorção dos fatos mata. Destrói. E quem pratica deve pagar.

Ou se reage à fabricação da realidade para conspurcar a democracia; ou se enterra de vez o jornalismo na indigência nacional.

A história não pode sucumbir, de novo, a essa farsa.

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Tiago Barbosa

Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco, pós-graduado em História e Jornalismo pela Unicap. Ex-editor do caderno e do site de Cultura do Diario de Pernambuco

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Tiago Barbosa

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