Chacina em Sinop (MT): delegado não descarta crime premeditado

Atualizado em 22 de fevereiro de 2023 às 20:39
O delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Bráulio Junqueira. Foto: Reprodução

Bráulio Junqueira, delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, diz que a investigação não descarta uma ação premeditada de Edgar Ricardo de Oliveira (30) e Ezequias Souza Ribeiro (27), responsáveis por chacina em Sinop (MT). Ele relata que já ouviu testemunhas que estavam no local, incluindo a mãe e esposa de duas vítimas.

O delegado conta que os autores da chacina perderam R$ 4 mil em apostas para Getúlio Rodrigues Frazão Júnior, uma das vítimas, que estava com a filha de 12 anos, também assassinada pela dupla. Edgar, segundo Junqueira, teria chamado o adversário para jogar em outro bar, mas ele recusou por estar com a família.

“O Edgar e o Ezequias foram embora, posteriormente na parte da tarde voltaram e desafiaram o Getúlio. Jogaram mais duas partidas e novamente ele ganhou as duas rodadas. Eu acredito que, de forma premeditada com segundas intenções, mas isso é na minha forma de pensar, jogaram duas, perderam, o Edgar se estressou jogou o taco na mesa e, segundo a testemunha, deu um sinal para o Ezequias”, relata o delegado.

Ele conta que Edgar buscou uma arma na caminhonete e Ezequias sacou uma pistola para render todos que estavam no local.

Segundo relato da testemunha, quem iniciou os disparos foi o Ezequias. Primeiro ele executou o Bruno, dono do bar, depois deu um tiro nas costas do Getúlio, que caiu no chão e deu mais dois tiros na cabeça dele. Em ação rápida o Edgar veio com a 12 e efetuou diversos disparos. Como o estampido da espingarda é mais alto, pareceu que não houve tiros de pistola. Começaram aquela execução, o Luís Carlos conseguiu fugir, a menina tentou, mas o Edgar, com a espingarda, deu um tiro nela. A Raquel tentou fugir, mas o Edgar a rendeu e mandou deitar-se no chão”, prossegue Junqueira.

Ezequias foi localizado pela polícia em uma região de mata a 15 quilômetros de Sinop. Ele resistiu a prisão, trocou tiros com policiais do Bope e foi baleado. O bolsonarista não resistiu aos ferimentos e morreu. Edgar continua sendo procurado pela polícia e a Justiça já decretou sua prisão preventiva.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link