O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense denunciou a Petrobras por não respeitar as medidas de proteção contra a Covid-19. O Sindipetro-NF acusa a empresa de criar um “covidário” na parte externa do casario da Plataforma P-52. A estatal nega a informação.
O sindicato relatou que a plataforma está passando por um surto de casos. E destacou que outras unidades também passam pelo mesmo problema. Só que, segundo a Sindipetro-NF, a empresa mantém os profissionais contaminados a bordo mesmo positivados.
A diretoria do sindicato comentou que já denunciou o caso para o Ministério Público do Trabalho. E prometeram, junto com o Federação Única dos Petroleiros, ir à Justiça para solicitar o desembarque dos trabalhadores. Além da interdição imediata de todas as unidades que estiverem com surtos.
“A Diretoria do Sindipetro-NF está recebendo várias denúncias da situação, mas parece que o negacionismo do presidente da República se reflete nas plataformas da Petrobras, que tem mantido os trabalhadores confirmados com COVID a bordo, em alguns casos, por mais de 5 dias com sintomas gripais”, afirmou o comunicado.
“Qual seria a intenção? Matar os trabalhadores? Os deixarem loucos? Ou só garantir os bilhões aos acionistas a custo da nossa vida?”, completou. A nota foi assinada pelo coordenador geral do sindicado, Tezeu Bezerra.
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A Petrobras se posicionou e relatou que tem feito testagem em massa dos profissionais da P-52. Também relatou que mantém os funcionários contaminados isolados. A empresa ainda falou que os novos casos confirmados são assintomáticos ou com sintomas leves, sendo desembarcados.
“Essas atividades nunca foram interrompidas e estão sendo desempenhadas de forma contínua e de acordo com os mais rigorosos padrões de segurança: testagem; distanciamento físico; uso obrigatório e adequado de máscaras; procedimentos de higienização de mãos e equipamentos”, diz trecho da nota.
“Adequação de efetivo; identificação e isolamento precoce de colaboradores com sinais e sintomas da doença; orientação permanente sobre medidas preventivas de combate à Covid-19; dentre outros. Infelizmente, observa-se o aumento dos casos em todo o Brasil e esse aumento de incidência da Covid-19 no país tem reflexo também entre os colaboradores da indústria de óleo e gás”, concluiu.
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