Bolsonaro incentiva ameaças e crimes contra a Anvisa, diz Barra Torres
O chefe-diretor da Anvisa, Antonio Barra Torres, tem elevado o tom das críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista, ele afirmou que a campanha do mandatário para vetar a imunização das crianças estimula ameaças à vida de funcionários da agência.
Após a Anvisa aprovar o uso das doses da Pfizer contra a Covid para o grupo de 5 a 11 anos, Bolsonaro prometeu expor nomes de servidores do órgão e disse ser “inacreditável” a decisão. Com informações
“Não tenho dúvida que as duas falas contribuíram sobremaneira para o número aproximado de 170 ameaças de morte, agressão física, violência de todo tipo contra servidores e seus familiares que a Anvisa tem recebido”, disse Barra Torres.
Ele também considerou inadequadas a consulta pública e a proposta do ministro Marcelo Queiroga (Saúde) de cobrar prescrição médica para imunizar os mais jovens. “Não guarda precedentes no enfrentamento da pandemia e está levando, inexoravelmente, a um gasto de tempo”, disse Barra Torres.
Leia também:
1- Presidente manda capacho Queiroga até a Bahia; Entenda
2- Presidente é detonado por Flávio Dino após recusar ajuda argentina à Bahia
3- Presidente é “medíocre, deplorável e desprezível”, diz Renan Calheiros
Neonazista executa cachorro, ameaça Anvisa e pede “Bolsonaro 2022”
Os incentivos das falas do presidente Jair Bolsonaro são graves. No mais recente, um homem usa de ações neonazistas para intimidar os profissionais. Em vídeo anexado, ele aparece executando um cachorro por enforcamento e diz: “olha o que vai acontecer com vocês”.
Logo depois, o autor das mensagens informa seu CPF e sua localização. Ele prossegue: “Mas estarei bem longe quando o Xandão (apelido dado por Bolsonaristas ao ministro Alexandre de Moraes) mandar os parasitas da PF aqui para casa”. O homem termina com uma saudação nazista e um “Bolsonaro 2022”
Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link.
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link.