“Trabalho-passeio” de membros do governo Bolsonaro a Dubai vai custar mais de R$ 3,6 milhões

O “trabalho-passeio” de membros do governo Bolsonaro em Dubai vai custar mais de R$ 3,6 milhões. 69 pessoas do Executivo foram para a cidade dos Emirados Árabes para feiras e exposições entre setembro e outubro. Até o momento, foram gastos R$ 1,17 milhão na viagem. Os valores são referentes a passagens aéreas e diárias.
O total ainda não foi estimado no Portal da Transparência do governo, mas levantamento do Globo sugere mais de R$ 3 milhões. Entre os gastos estão diárias, previstas pela legislação entre US$ 300 e US$ 350 (gasto de R$ 1.652 a R$ 1.927 por dia por pessoa).
Além disso, foram contratados gastos em divulgação nos Emirados. Entre eles estão R$ 922 mil com material promocional, R$ 50 mil com réplica do Cristo Redentor, R$ 380 mil com apresentações de “cunho artístico” e R$ 2,3 milhões com a montagem da exposição.
O pavilhão do Brasil na exposição tem como tema a floresta amazônica. O contrato foi feito pela Embratur sem licitação. Para justificar os gastos, o Ministério do Turismo diz que a Expo Dubai é o “maior evento do mundo sobre países” e que serve como um espaço para reuniões com “empresários e potenciais investidores”.
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O “trabalho-passeio” para Dubai
Jorge Seif chama a viagem de “trabalho-passeio” e diz que o lugar é “top demais”. “Estamos trabalhando, não estamos passeando, promovendo o turismo da Amazônia”, alega em live.
“Lógico que isso aqui, naturalmente, é um trabalho-passeio, né? Não adianta negar e ficar de sacanagem. Tu vem para um lugar desse, vê um lugar desse… é top demais”, prossegue.
No país, ele diz ter reuniões “com vários países” e elogiou as relações diplomáticas do Brasil com os Emirados Árabes Unidos. O objetivo é tratar de negócios entre os países, mas ele não detalhou nenhum possível acordo.