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Dor de cotovelo? Eduardo Bolsonaro ataca Moro, mas admite: “Eu o admirava”

Moro e Eduardo Bolsonaro
Moro e Eduardo Bolsonaro – Foto: Reprodução

Nesta segunda (08), Eduardo Bolsonaro foi às redes sociais para fazer uma série de publicações em ataque ao ex-juiz Sergio Moro, possível candidato a presidente em 2022.

O filho 03 do presidente Jair Bolsonaro aponta supostas traições do ex-ministro ao governo do pai e critica suas pretenções políticas. O textão tem 14 tweets. O título: “Biografia acima de tudo”. É uma referência ao slogan eleitoral de Bolsonaro em 2018: “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”.

Eduardo inicia o texto comparado o ex-chefe da pasta de Justiça e Segurança Pública com uma “velha raposa da política” e termina com uma frase atribuída a um escritor italiano que condena a neutralidade. Porém, ele ainda assume que admirava o ex-juiz. “Eu mesmo era um que admirava Moro e não duvidava de sua boas intenções, pensava eu ingênuo “ele jamais estaria a venda”, escreveu.

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Leia o texto de Eduardo Bolsonaro na íntegra:

BIOGRAFIA ACIMA DE TUDO

Este tweet de Moro, confundindo emendas legais c/ corrupção, poderia ser de uma velha raposa da política. Mas é pior. Pois é daquele que um dia foi reserva moral justamente por não se misturar com essa política do vale-tudo para se chegar ao poder.

Eu mesmo era um que admirava Moro e não duvidava de sua boas intenções, pensava eu ingênuo “ele jamais estaria a venda”. Pois é, meu compromisso não é com o erro, por isso digo que os tempos mudam e eu estava errado.

O divisor de águas foi na sua saída do governo; vou poupar de falar do decreto desarmamentista prevendo cofre de JAN/2019, a arrogância na condução das medidas de combate à corrupção e a insistência para nomeação de Ilona Szabó, globalista ligada a Soros, para um conselho do MJ.

Primeiro enganou os deputados que perguntaram à sua assessoria no MJ na quinta-feira se ele sairia. Tendo recebido resposta negativa os parlamentares foram para as redes dizer que era só mais uma fake news da velha imprensa.

Porém, no dia seguinte, essa mesma imprensa que quase semanalmente anunciava sua exoneração; agora estava lá a postos para a sua coletiva de demissão, juntinhos, deixando os deputados vendidos. Ele achava que atacara Bolsonaro,mas na verdade o povo mudava sua percepção sobre Moro.

E não parou por aí. Em seu tiroteio insano disse que estava saindo porque o Presidente queria interferir na PF para proteger seus filhos. Adiantou que a prova cabal seria a reunião ministerial reservada.

A tal reunião veio a público e nada foi encontrado; a não ser um Presidente autêntico cobrando que ministros, como o da justiça, pelo ao menos se pronunciassem sobre o absurdo de se prender senhoras em praças a praias sem nenhum flagrante delito durante a pandemia.

Uma vez fora do governo passou a ter mais autonomia para criticar, aconselhar, se expressar. Mas o “homem da lei” permaneceu até hoje em absoluto silêncio,mesmo diante de diversas polêmicas jurídicas envolvendo tribunais;  já dizia Capitão Nascimento:“o sistema é foda, parceiro”.

Os ataques continuam…

Não acredita? Que tal a declaração de que nos governos do PT a PF era mais livre para trabalhar? Ele bem que poderia começar falando sobre o caso do Celso Daniel, Toninho do PT pu da recente declaração de Hugo Carvajal na Espanha.

Este quem colocou sua biografia acima daquele que lhe estendeu a mão durante seu momento de crise na Vaza Jato (estádio e 7/SET em Brasília), que agora se apresenta para 2022, cujo padrinho, vulgo “Alicate”, sempre passou ileso por sua mão; lembra do “sistema é foda, parceiro”?

E quando ele disse no whatsapp que não estava a venda para Carla Zambelli; que fez uma tentativa para que o então MJ permanecesse no governo? Poxa, nem parecia que ele sabia que os prints dessa conversa poderiam rodar por aí, né?

Presidente Bolsonaro declarou sob juramento à PF em seu depoimento que Moro havia condicionado a escolha do Delegado Ramagem à PF somente se ele, Moro, fosse indicado ao STF. Certeza que não está a venda Moro?

E isso foi porque Moro bateu o pé querendo que o Diretor-Geral da PF fosse o Delegado Disney Rosseti, hoje Assessor-Chefe da Assessoria Especial de Segurança e Inteligência do TSE.

Dante Alighieri, pai da língua italiana, já profetizava que “os locais mais quentes do inferno estão reservados àqueles que optaram pela neutralidade em tempos de crise”. Para governar o país é preciso empatia com o povo; algo que falta a quem bota sua biografia acima de tudo.

Confira abaixo:

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