Assim como a Prevent Senior, Hapvida omitiu covid em declaração de óbito
Assim como a Prevent Senior, a Hapvida também omitiu morte por covid-19 de declaração de óbito. Gileno Soares Barreto (72) foi internado em Teresa Lisieux, em Salvador (BA). Após 21 dias de internação, piorou, foi intubado, passou por traqueostomia e não resistiu. Na declaração, entretanto, não consta a causa que o levou ao hospital.
A Hapvida justificou aos familiares que não havia espaço físico no formulário, segundo o El País. O documento, no entanto, tem seis linhas para especificar a causa da morte e apenas cinco foram preenchidas.
Nos documentos que constam na certidão de óbito, emitida em cartório, a causa da morte consta como choque séptico, infecção intestinal, infecção do trato respiratório inferior e ainda aponta a causa como um câncer de próstata. Também cita hipertensão arterial sistêmica e outras condições do paciente.
“Fiquei sem entender porque não estava o registro de covid-19. Percebi a gravidade depois que surgiram os relatos sobre a fraude da Prevent Senior”, afirmou o filho do senhor, Diego Amorim Barreto.
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Hapvida tentou usar cloroquina antes da morte do senhor
A operadora de saúde, também seguindo o exemplo da Prevent Senior, tentou usar indiscriminadamente remédios como a cloroquina. O filho também alega que o câncer de próstata do pai estava em estágio inicial. Portanto, não havia complicações que pudessem resultar no óbito.
A Hapvida é investigada por denúncias de pressão para uso de “kit covid”. O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) investiga denúncias sobre a Hapvida. O Grupo São Francisco estaria usando o “kit covid” em Ribeirão Preto (SP). A ação parte de médicos que alegaram que foram obrigados a prescrever as drogas ineficazes, como a cloroquina, por exemplo.
Leia a íntegra da nota enviada pela empresa ao DCM:
“A Hapvida afirma que em nenhum momento, neste ou em qualquer outro caso, houve alteração do código da doença nos sistemas de registro oficial do SUS. No que se refere à instituição, o episódio consta como de covid-19 em todos os registros e estatísticas. Todas as comunicações formais às autoridades sanitárias também foram feitas assim, seja no ato de internação, na realização de exames ou após o óbito. Dessa forma, nos balanços oficiais da doença, o caso sempre constou como de covid-19. A instituição lamenta, sim, a imprecisão no atestado de óbito, lavrado pelo médico que acompanhou o falecimento. E se solidariza com os parentes da vítima, colocando o prontuário à disposição da família.”