ÁUDIO – “Negacionista é a mãe!”: Mario Frias abandona entrevista após ser confrontado por jornalista
Foto: Divulgação
O secretário da Cultura, Mario Frias, abandonou uma entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta quarta-feira (10).
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Ele deu um show de desinformação sobre a pandemia, questionando a vacinação e o distanciamento social.
“Do que adianta você fechar cinema? As pessoas vão morrer de fome!”, disse.
“Qual é a garantia de que quem toma vacina não passa o vírus? Aonde está esta garantia? Não existe!”, emendou.
Confrontado pelo repórter David Coimbra, que o chamou de “negacionista”, Frias perdeu a linha.
“Negacionista é a mãe. Aqui não tem nenhum negacionista, não”, rebateu o secretário, dando início a um bate-boca.
“O senhor é um negacionista. A pandemia está voltando por causa de pessoas como o senhor”, disse o jornalista, enquanto Mario Frias esperneava do outro lado da linha.
Ao perceber que estava sendo massacrado na discussão, ele fugiu. “Se vocês quiserem, vocês vêm aqui e conversam comigo pessoalmente. Um bom dia para vocês. Tchau, gente”, se despediu, enquanto era chamado de “ignorante”.
Ouça a partir do minuto 20:00:
Negacionista, Mario Frias proíbe passaporte da vacina na Lei Rouanet
Em portaria publicada nesta segunda-feira (08), o ex-ator de “Malhação” e secretário especial de Cultura do governo Bolsonaro, Mario Frias, vetou a exigência do comprovante de vacinação contra Covid-19 em projetos financiados pela Lei Rouanet.
Na prática, o chamado “passaporte da vacina” não poderá ser cobrado durante a produção e execução de filmes e peças teatrais, por exemplo.
“Fica vedado pelo proponente a exigência de passaporte sanitário para a execução ou participação de evento cultural a ser realizado, sob pena de reprovação do projeto cultural e multa”, destaca trecho do texto.
Após a publicação, o negacionista e colega do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou as redes sociais para defender a medida.
“A proibição do famigerado passaporte de vacinação, nos projetos da Lei Rouanet, visa garantir que medidas autoritárias e discriminatórias não sejam financiadas com dinheiro público federal e violem os direitos mais básicos da nossa civilização”, escreveu no Twitter.