“Orçamento Secreto” é usado para gerar apoio ao governo e reformas, diz Guedes

Nesta terça-feira (30), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que as emendas do relator, do chamado “Orçamento Secreto”, por meio das quais Bolsonaro repassa verbas a parlamentares aliados, são usadas para gerar apoio ao governo para aprovar reformas.
As emendas de relator são alvos do STF que suspendeu a execução dos instrumentos e exigiu detalhes públicos sobre eles. Em resposta, o Congresso afirmou que não tem como cumprir a decisão. Com informações da Folha.
Guedes disse que as emendas de relator já eram usadas durante o mandato do então presidente da Câmara Rodrigo Maia, antecessor do atual presidente Arthur Lira (PP-AL), mas que não recebiam tanta atenção. O ministro sugeriu que isso ocorria porque Maia fazia oposição ao governo.
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O que disse Guedes?
“Quando o presidente era o Rodrigo Maia, lembro que teve um pedido dele de R$ 30 bilhões para o Domingos Neto [deputado do PSD-CE], que era o relator na época. Era o dobro de hoje e não houve essa convulsão”, afirmou. “Possivelmente porque naquela altura o presidente da Câmara garantiu os recursos para ficar independente do governo, fazer política mesmo sendo oposição ao governo”, disse.
“Agora, que é metade daquele dinheiro, mas para apoiar o governo e fazer reformas, todo mundo descobriu que o orçamento é secreto […]. Aquilo não foi criado pelo Lira, foi criado antes, foi usado antes”, disse Guedes.
Confira abaixo:
Confissão dupla. Paulo Guedes assume que o orçamento secreto serve para o governo Bolsonaro comprar votos no Congresso. E acha "normal" que quem ganhou a eleição fique com mais recursos.
Bizarro! Nunca leu a Constituição. Ignora o Art. 37 e o princípio da impessoalidade. pic.twitter.com/r5xmcHySAw
— Rogério Tomaz Jr. (@rogeriotomazjr) November 30, 2021
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