Queiroz reaparece em festa de deputado bolsonarista que quebrou placa de Marielle

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Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) envolvido no escândalo das rachadinhas, o PM aposentado Fabrício Queiroz ressurgiu neste domingo (5).
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Sumido do noticiário há meses, Queiroz havia reaparecido na semana retrasada em uma entrevista ao SBT, em que disse que queriam matá-lo e que ele seria uma suposta “queima de arquivo”. Desta vez, ele foi comemorar o aniversário do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), que ficou conhecido por vandalizar uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018.
O evento aconteceu na quadra da escola de samba Salgueiro, na Tijuca, zona norte do Rio.
Uma foto da festa mostra Queiroz à vontade ao lado do parlamentar, fazendo um “coraçãozinho” com as mãos em homenagem a ele. Ao menos 1.300 pessoas participaram da feijoada de Amorim e de seu irmão, o vereador Rogério Amorim (PSL).

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Em nota enviada ao Metrópoles, o deputado bolsonarista disse que Queiroz foi “importante” na campanha de Jair Bolsonaro em 2018 e que não abandona soldado.
“Não faço política com traição ou abandono, o Queiroz foi importante na campanha de 2018, bem como na de 2016, quando fui vice na chapa de Flávio Bolsonaro. Jamais vou tratá-lo com ingratidão, haja o que houver. Se o Ministério Público considera que ele deve alguma explicação à Justiça, que seja feito na forma da lei. Mas não se deixa um soldado para trás”, afirmou.
Entrevista de Queiroz preocupou aliados de Flávio Bolsonaro
A entrevista do ex-PM ao SBT deixou aliados de Jair e Flávio Bolsonaro surpresos. Eles avaliam a fala como um problema no atual momento. No dia 9 de novembro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou todas as provas do caso das “rachadinhas”.
A aparição de Queiroz, entretanto, mexeu no assunto. A entrevista, apontam, é cheia de buracos e faltam explicações, por isso temem que pode virar um novo problema. A informação é da colunista do UOL Juliana dal Piva.
Em reaparição surpresa, Queiroz disse que queriam matá-lo e ele seria uma suposta “queima de arquivo”. “Queriam me matar. Tem que ficar enfatizado isso. Eu seria queima de arquivo, para cair na conta do presidente. Como aconteceu com o capitão Adriano”.