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Sergio Reis sobre críticas ao seu gesto golpista: ‘Querem acabar comigo como se eu fosse bandido’

Sérgio Reis e Alexandre de Moraes. Foto: Wikimedia Commons

Sergio Reis, assustado, falou sobre a encrenca em que se meteu ao ameaçar as instituições democráticas.

Eu errei. Quero pedir desculpas, até ao Supremo (Tribunal Federal. Eu sou uma pessoa que só pensa bem dos outros. E agora estão querendo acabar comigo como se eu fosse bandido. Eu não sou bandido. Falei bobagem. Pensei que não teria essa repercussão, disse ao jornalista Roberto Cabrini em entrevista que vai ao ar neste domingo às 19 na TV Record.

O dia em que a Polícia Federal bateu na porta de Sergio Reis

Sérgio Reis e o deputado bolsonarista Otoni de Paula foram alvos nesta semana de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal.

A determinação foi expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Agentes da PF foram em ao menos quatro endereços no Rio e em Brasília ligados ao cantor.

Também entraram na casa e no gabinete do parlamentar.

O ministro Alexandre de Moraes autorizou, no total, 29 mandados.

Eles atendem a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apura manifestações golpistas contra instituições.

O deputado bolsonarista Otoni de Paula. Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

“O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”, diz a PF.

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Sérgio Reis virou alvo da Justiça após ameaçar o STF

O cantor bolsonarista virou alvo de 29 subprocuradores por incitação ao crime ao dizer que iria “quebrar tudo” no STF “com o povo”.

Mesmo na mira da Justiça, ele dobrou a aposta e não recuou contra a Corte.

“Se tiver de morrer, morro”, afirmou.

Ele será investigado em inquérito policial por três crimes: ameaça, dano e atentado contra a segurança de meio de transporte.

Otoni de Paula é alvo antigo do Supremo

O deputado foi denunciado em 2020 por difamação, injúria e coação em vídeos com ataques e ofensas a Alexandre de Moraes.

Ele já chamou o magistrado de “lixo”, “tirano” e “canalha”.

Otoni era um dos vice-líderes do governo Bolsonaro.