No Flow Podcast, Marcelo Freixo relatou como ocorreu a morte de seu irmão, Renato, pela milícia do Rio de Janeiro. O caso ocorreu em julho de 2006, quando o irmão do deputado tinha 34 anos. No programa, o parlamentar contou como o caso ocorreu.
Renato comprou um apartamento no estado e decidiu tentar “regularizar” o condomínio. Após se tornar síndico, descobriu que a segurança do local era feita por um grupo de policiais de forma irregular. Sugeriu a eles que criassem uma empresa e depois fossem contratados para “fazer tudo dentro da lei”. Após desentendimentos, os policiais entraram na Justiça e perderam. Três dias após a derrota, Renato foi assassinado.
Somente 14 anos depois do assassinato os autores do crime foram indiciados. No ano passado, o inquérito pediu a prisão de um ex-policial militar, Fabio Montibelo (que teria sido o mandante do crime), e dois agentes da PM, Marcelo dos Reis Freitas (também mandante) e Alexandre Ramos (executor).
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CPI das Milícias não foi por vingança, diz Freixo
Autor da CPI das Milícias, Marcelo Freixo diz que o pedido para abertura da comissão não se deu por “vingança”. “Não quero que matem quem matou meu irmão”, alega. Ele justifica que o colegiado existiu para evitar que outras famílias passem pelo que a dele passou.
“Se eu quisesse fazer com esses caras o que eles fizeram com meu irmão, eu ia me igualar a eles e eu não posso me igualar a eles. A gente não pode se igualar ao que a gente tem que vencer, a gente tem que ser maior que isso. Por isso que vingança não pode mover a gente”.
A história da CPI das Milícias de alguma forma passa pela história da minha família. Não costumo falar disso, mas o assunto surgiu na conversa com Igor e Monark no @flowpdc. Não tem nada a ver com vingança, é por Justiça e para que outras famílias não passem pelo que passamos. pic.twitter.com/r3spHhM6e1
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) October 5, 2021