Lula é aconselhado a fazer discurso esclarecendo que não atacou judeus

Atualizado em 21 de fevereiro de 2024 às 13:13
O presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert/ PR

Aliados aconselharam o presidente Lula a fazer um novo discurso sobre a guerra entre Israel e o Hamas, mas dirigido à comunidade judaica no Brasil. O petista enfrenta uma crise diplomática com o governo israelense ao comparar os ataques à Faixa de Gaza ao Holocausto.

O presidente tem sido pressionado a fazer uma retratação. O chanceler israelense, Israel Katz e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) cobraram um pedido de desculpas do petista. O governo, no entanto, descarta a ideia.

A ideia de seus auxiliares é que o novo discurso seja usado para separar as coisas e deixar claro que sua fala tinha como alvo o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Eles avaliam que notas oficiais e declarações de ministros não serão suficientes para acabar com a tensão entre os governos.

“Só uma declaração pública de Lula poderá inverter o jogo. Enquanto só sua equipe diz, vai sempre parecer que Lula está evitando o tema”, afirmou um aliado do petista ao Blog do Valdo Cruz no g1.

O presidente Lula e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Foto: Ricardo Stuckert/PR e Abir Sultan/Reuters

A declaração do petista ocorreu na 37ª cúpula da União Africana neste domingo (18), na Etiópia. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou Lula.

Ele vem sendo atacado pelo chanceler, pelo premiê e pela própria página oficial de Israel, que divulgou uma fake news dizendo que Lula teria “negado o Holocausto”. Para o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, o governo israelense vive uma “página triste na diplomacia”.

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