Um grupo de civis tem se organizado em milícias improvisadas na tentativa de proteger pequenas cidades no entorno da capital da Ucrânia, diz reportagem de Yan Boechat no Globo. É um movimento pouco organizado, pouco profissional e fomentado por um sentimento de revolta contra os ataques russos a alvos civis, de acordo com a reportagem.
Esses milicianos estão revoltados com o bombardeio a uma maternidade na cidade de Mariupol, nesta quarta (9). Em cada pequeno povoado, homens de todas as idades têm se armado com o que podem e formado grupos responsáveis por postos de controle, patrulha e inteligência.
Essas novas milícias, segundo a reportagem, tem “de tudo”. Há jovens inexperientes que desfilam orgulhosos pelas pequenas cidades com rifles AK-47 recém-distribuídos pelo governo, um esforço desesperado para a armar a população nos primeiros dias da invasão russa. Há idosos armados com velhas espingardas de caça que decidiram não fugir com suas famílias em direção ao Oeste do país.
Entre esses idosos, muitos se dizem prontos a sacrificar suas vidas. São veteranos da guerra na região de Donbass, experientes em combate, e que haviam seguido para a reserva após anos de serviço militar.
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Onde se formou um desses grupos de milícias
Um dos locais com milícias é Kozelets. Trata-se de uma cidade que tinha cerca de 10 mil habitantes antes de a guerra começar. O município fica às margens de uma importante autoestrada que liga Kiev à fronteira com a Bielorrússia.
Essa cidade está quase toda cercada pelos russos, que avançam com violência sobre Cherniv, outro município que fica 60 quilômetros em direção ao Norte. Russos cortaram o acesso de Kozelets a Kiev pela rodovia.
Todos esses integrantes de milícia garantem estar preparados para repelir a invasão russa a qualquer custo. Prometem atos de bravura, ações heroicas e sacrifícios pessoais em prol da liberdade do país.
O que termina primeiro?
— DCM ONLINE (@DCM_online) February 28, 2022