No PR, adolescente implora ajuda da professora para conseguir comida

Atualizado em 17 de dezembro de 2021 às 18:17
Bilhete
Bilhete do aluno para a professora

“Professora, me ajuda, estou sem nada pra comer em casa, eu imploro pra senhora.” Esse mensagem chegou às mãos da pedagoga Mari de Col, que trabalha na Escola Estadual Curitiba, que fica em Paranavaí, no noroeste do Paraná. O bilhete foi escrito há três semanas por um aluno da escola, de 14 anos, que estava aflito com  situação de sua família.

Depois de ler a mensagem, Mari pediu ajuda a seus amigos. O que ela não esperava é que a mensagem iria viralizar na internet e ela poderia ajudar outras 40 famílias da escola.

A professora conta que ficou extremamente impactada pelo bilhete, assim que o leu. Seus amigos, a quem ela decidiu mandar o bilhete, também ficaram extremamente comovidos. Eles se mobilizaram e o bilhete começou a circular pelas redes sociais. “Aí a internet fez o restante do trabalho”, brincou a professora.

A cidade toda se compadeceu e passou a levar alimentos, produtos de limpeza, higiene e até presentes na escola. E vendo que os colegas conseguiram ajuda, outras crianças passaram a pedir alimentos também. “Será que tem uma dessa (cesta de alimentos) pra minha casa também?”, começaram a perguntar frequentemente.

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Crianças carentes

Segundo a professora a maioria das crianças que estudam na escola são bem carentes. O pai do aluno que pediu ajuda está desempregado e sofre com alcoolismo. É uma família que já morou até em abrigo.

Mari disse que consultou o CREAS, onde a família sempre pede alimentos e outras ajudas. E, de fato, não havia alimento para doação no local, naquele dia. Ela, então, decidiu mobilizar sua roda de amizades e conseguiu as doações.

Agora, o desafio é conseguir um emprego para o pai, que trabalha como assistente de pedreiro e atualmente está sem serviço. “Se a gente conseguir ajudar essa família, pra saírem desse mundo que vivem, se tornar pessoas melhores, fazer esse pai se tornar mais parte da sociedade, será muito gratificante”, disse a pedagoga.

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