Quem eram os 30 membros do governo que estavam na reunião golpista de Bolsonaro

Atualizado em 11 de fevereiro de 2024 às 15:05
A reunião golpista de julho de 2022. Foto: Reprodução

A reunião golpista de 5 de julho de 2022, comandada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, contou com ao menos 30 integrantes de seu governo. Os ex-ministros da Justiça (Anderson Torres), do Gabinete de Segurança Institucional (general Augusto Heleno) e da Defesa (Paulo Sérgio Nogueira) se destacaram por incentivarem uma ruptura institucional, mas outros ex-integrantes do Palácio do Planalto foram coniventes com a iniciativa.

Além dos quatro já citados, estiveram no encontro os ministros Paulo Guedes (Economia), Marcos Montes (Agricultura), Victor Godoy (Educação), José Carlos Oliveira (Trabalho), Ronaldo Bento (Cidadania), Marcelo Queiroga (Saúde), Adolfo Sachsida (Minas e Energia), Fábio Faria (Comunicações), Paulo Alvim (Ciência e Tecnologia), Joaquim Leite (Meio Ambiente), Carlos Brito (Turismo), Daniel Ferreira (Desenvolvimento Regional), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União).

Além dos titulares das pastas, também participaram da reunião golpista representantes dos ministérios, secretários e militares. São eles: Célio Faria (secretário de governo), Fernando Simas (nº 2 do Itamaraty), Bruno Estáquio (nº 2 da Infraestrutura), Tatiana Alvarenga (nº 2 da Mulher), Mário Fernandes (nº 2 da Secretaria-Geral), Marco Antônio Freire (então comandante do Exército), Carlos Baptista (então comandante da Força Aérea Brasileira), Marcelo Francisco (secretário-geral da Marinha), André de Sousa Costa (Secom), Jonathas Assunção (nº 2 da Casa Civil), José Santini (assessor da Casa Civil) e Adler Ximandro (secretário-geral de Consultoria da AGU).

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro do GSI Augusto Heleno foram os principais alvos de operação da PF nesta quinta (8). Foto: Carolina Antunes/PR

A maior parte da reunião foi conduzida pelo então presidente, que ameaçou “entrar em campo usando o seu Exército e seus ministros” e ordenou que os presentes repetissem fake news contra o sistema eleitoral.

O conteúdo foi gravado na ocasião e encontrado no computador do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, pela Polícia Federal. O vídeo completo da reunião se tornou público nesta sexta (9), após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirar o sigilo sobre o arquivo.

As declarações golpistas embasaram a operação Tempus Veritatis, deflagrada na última quinta (8). Na ocasião, policiais federal cumpriram quatro mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão.

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