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Suspensão da pré-candidatura de Ciro abre crise no PDT e pode causar reviravolta

Ciro Gomes em evento do PDT
Ciro Gomes.
Foto: Divulgação

O PDT está em crise após Ciro Gomes suspender sua pré-candidatura à Presidência pelo partido.

Nesta quinta-feira (4), a Câmara aprovou a PEC dos Precatórios, proposta do governo Bolsonaro, com apoio decisivo de 15 dos 21 deputados pedetistas. Foi o que motivou Ciro a tomar a decisão. Ele disse que recebeu a notícia como uma “surpresa fortemente negativa” e pediu que a sigla “reavalie sua posição”.

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Mas alguns parlamentares ouvidos pelo Congresso em Foco acreditam que a decisão de Ciro pode causar uma reviravolta na votação da proposta.

O deputado Gustavo Fruet (PDT-PR), um dos seis pedetistas que votaram contra, acredita na possibilidade de Ciro Gomes, com sua pressão, virar votos dentro da bancada.

Glauber Braga (PSOL-RJ) também crê numa virada. “Apertou para eles, a não ser que o Lira tenha se dedicado na madrugada e na manhã para recompor os votos perdidos. Não é difícil fazer uma avaliação de quais votos poderão ser modificados”, disse.

PEC racha PDT

Após a votação, parlamentares da sigla bateram boca na Câmara. Paulo Ramos, que foi contra a medida, e André Figueiredo, ex-líder do partido, que votou a favor, discutiram na saída do plenário.

“Que vegonha”, gritou Ramos a Figueiredo, que respondeu: “Ah, tá certo. Você que é puxadinho da esquerda”. Na tréplica, Ramos citou o pré-candidato do PDT: “Quero ver agora o Ciro Gomes defender isso na campanha, no palanque”.

A principal intenção da PEC é viabilizar recursos para o “orçamento secreto” de Bolsonaro e manter deputados alinhados com o governo através de emendas a 11 meses da eleição.

Além da discussão na Câmara, a posição do PDT na votação da medida gerou críticas de membros do próprio partido.

Túlio Gadêlha, um dos seis a votar contra a medida, afirmou que “a história vai cobrar”.

 

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