Tosco, intolerante, mau. A decisão do TSE desta sexta (30), tornando Bolsonaro inelegível, afasta o Brasil de um sujeito abjeto.
Nos quatro anos em que dirigiu o país, foram inúmeros os momentos em que ele justificou a condição de pária no Brasil e no exterior.
Uma das polêmicas mais marcantes foi sua postura negacionista em relação à gravidade da pandemia da Covid.
O ex-mandatário minimizou a doença, desencorajou o uso de máscaras e promoveu medicamentos sem eficácia comprovada, agravando a crise sanitária e, no caso específico de Manaus, como revelado na CPI do Congresso, promovendo um verdadeiro morticínio.
Também atuou para flexibilizar medidas de proteção ambiental, o enfraquecimento de órgãos fiscalizadores e lançou mão de uma retórica favorável à exploração desenfreada dos recursos naturais que resultaram em uma perda significativa da imagem internacional do Brasil e acirraram o debate sobre o desmatamento na Amazônia.
Durante seu mandato, enfrentou uma série de crises ministeriais que geraram instabilidade.
A demissão de ministros importantes, como os das pastas da Justiça e da Saúde, levantou questionamentos sobre a capacidade de gestão e resultou na inevitável perda de credibilidade.
O ex-mandatário também protagonizou embates frequentes com a imprensa, usando retórica agressiva e acusando veículos de comunicação de propagar inverdades, logo ele que legou ao país a triste era das fake news.
Esses ataques e ações que ameaçaram a liberdade de expressão foram alvo de críticas, que consideraram tais posturas como um ataque à democracia e aos pilares da transparência e do livre debate de ideias.
É um apologista da violência e do uso de armas.
Neste caso, a pena imposta pelo TSE é pequena: Bolsonaro precisa ser preso.