Documentário sobre abusos de Michael Jackson pode ter sequência com outras vítimas, afirma diretor

Do O Globo:

“Deixando Neverland”, o documentário da HBO que expõe acusações de pedofilia contra Michael Jackson, pode ter uma continuação. Em entrevista à “Variety”, o diretor Dan Reed disse que cogita voltar ao caso se outras vítimas do cantor decidirem falar publicamente sobre o assunto.

O foco estaria em Jordan Chandler e Gavin Arvizo, dois meninos cujas famílias levaram Michael Jackson ao tribunal, em 1993 e 2003, respectivamente. No primeiro caso, Jackson firmou um acordo milionário com a família. Já na segunda acusação, o cantor foi inocentado pela justiça. Em “Deixando Neverland”, são outros dois homens que conviveram com Michael Jackson na infância, James Safechuck e Wade Robson, que apresentam suas acusações.

O diretor ainda revelou que tentou entrar em contato com Chandler quando estava produzindo “Deixando Neverland”, mas que acredita que ele prefira ficar sozinho. Encerrado após um acordo judicial de US$ 23 milhões em 1994, o caso voltou à tona em 2009 após o pai de Jordy, o dentista Evan Chandler, cometer suicídio, apenas cinco meses depois da morte de Jackson.

“Eu com certeza usaria as entrevistas que já gravei com investigadores desses casos — os procuradores e todas as pessoas que fizeram parte desse drama de forma mais ampla — você não estaria trancado em um quarto com os Safechucks e os Robsons. Eu contaria a história do ponto de vista de Jordan e Gavin, mas também pelos olhos de todos os outros participantes”, detalhou Reed.

Lançado nos Estados Unidos com o título “Leaving Neverland”, o documentário será exibido no Brasil dividido em duas partes. A primeira vai ao ar no sábado, 16 de março, às 20h, e a parte final no dia seguinte, domingo, 17, também às 20h, no canal HBO e na HBO GO.

Relacionado por