Acredite se quiser – Record esconde notícia da canonização de Irmã Dulce, 1ª santa brasileira

Irmã Dulce morreu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos. Foto: ACERVO OSID

Assunto de destaque no final de semana em todos os sites, nos jornais e na grande maioria dos canais de TV, a notícia da canonização de Irmã Dulce, a primeira santa nascida no Brasil, passou batida pela Record.

No sábado (12), véspera da cerimônia no Vaticano, o assunto teve grande destaque nos telejornais noturnos das maiores emissoras. O “Jornal Nacional” (Globo) exibiu duas reportagens num total de 6 minutos e 20 segundos. O “SBT Brasil” igualmente apresentou duas matérias ao longo de 6 minutos. O “Jornal da Band” foi outro a mostrar duas matérias sobre o assunto num total de 5 minutos e 22 segundos. Os três telejornais produziram parte do material com repórteres em Roma. A EBC também contou com equipe na Itália para produzir material jornalístico para a TV Brasil – o vice-presidente, Hamilton Mourão, representou o governo na cerimônia. O “RedeTV News” não teve cobertura no local, mas mesmo assim não poupou esforços e apresentou uma grande reportagem de 5 minutos e 40 segundos sobre a canonização.

Já no “Jornal da Record” não houve nenhuma menção a Irmã Dulce. Já o Vaticano foi citado, de forma crítica, por realizar o Sínodo da Amazônia, numa reportagem do telejornal sobre a Conferência de Ação Política Conservadora realizada em São Paulo. No “Domingo Espetacular”, com três horas e meia de duração, a cerimônia religiosa realizada pela manhã no Vaticano não mereceu, igualmente, qualquer menção. Para os dois principais jornalísticos da Record no final da semana, a notícia não existiu.

A análise é de Maurício Stycer no UOL.

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Pedro Zambarda de Araujo

Escritor, jornalista e blogueiro. Autor dos projetos Drops de Jogos e Geração Gamer, que cobrem jogos digitais feitos no Brasil e globalmente. Teve passagem pelo site da revista Exame e pelo site TechTudo. E-mail: [email protected]

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